Até Que Sejamos Um - Livro 1.

TRENTE

°VIOLET CORSANT

- Você fica tão linda de branco... - olhei para Sarah que se vestia para festa, eu... bom, estava deitada, preciso dormir.

- Eu também gostei... - ela diz passando a mão no vestido. - E você, como vai?

- Eu não vou. - apertei o travesseiro que estava deitada.

- Claro que vai. - ela virou para mim parecendo assustada. - Violet, por mim - ela juntou as mãos - Eu só vou te ver no sábado. - ela fez beicinho.

- Você pode ficar aqui comigo... - sorri para ela que negou. - Eu nem vou perder nada, e vou demorar de me arrumar...

- Mentira, você já tomou banho e está muito cheirosa por sinal, então precisa apenas trocar de roupa, passar algo nesse rosto lindo... - ela deitou na cama do meu lado. - Nunca te vi tão desanimada assim - ela sussurrou - Não deixe que seu brilho se apague, Let... - ela passou a mão no meu rosto. - Você é tão risonha, alegre, compreensiva... Mas parece que deixa isso com as pessoas, quando se trata de você é tão dura. Não é justo.

Assenti e fechei os olhos com o contato do dedos de Sarah no meu rosto.

- Vamos, por favor? - ela chegou para mais perto. - Meia horinha e você volta, Melissa disse que seria mais calmo hoje. Nós ficamos sentadinhas, de longe se você quiser... Odeio te ver assim.

Suspirei e assenti, Sarah levantou da cama dando pulinhos animada.

Abri minha mala em busca de uma roupa. Olhei para o macacão branco que eu trouxe e fiz uma careta, sem clima para essa roupa hoje. Olhei para o vestido preto que vinha até a metade da minha coxa, era meio rodado e ficava bom no meu corpo, a manga era transparente.

Olhei para Sarah que assentiu. Entrei no banheiro para escovar os dentes e passar mais alguns perfumes. Quando terminei vesti o vestido lentamente, ajustei ele no meu corpo e me olhei no espelho, preto não fica muito bom em mim.

Ao voltar para o quarto Sarah bateu na cama para começar a transformação.

- Algo forte? - ela disse separando suas maquiagens.

- Não... Algo leve, o vestido me deixa com cara de viúva rica que matou o marido. - Sarah riu e assentiu.

- E que tem um caso com um dos filhos dele.

- Exato. - fechei os olhos quando ela começou a passar os pincéis no meu rosto.

Eu não me sentia bem para festejar hoje, eu só queria ficar quietinha, assistindo alguma série ou filme que me acalmam e que eu sei quase todas as falas. Realmente, hoje a festa seria mais calma, a banda que tocaria era a mesma daquela porra de confraternização que Phillip e eu nos beijamos pela primeira vez. Suspirei e mordi a bochecha... Eu realmente não quero falar com ele esses dias, mas eu odeio ter que ficar distante quando meu corpo implora pelo o menor toque possível.

- Acho que um rabo de cavalo ficará perfeito em você... - ela disse quando finalizava o batom na minha boca.

Me olhei no espelho enquanto Sarah passava uma pasta na parte de cima do meu cabelo para ele se manter firme. A ruiva era habilidosa, todos os meus problemas com cabelo e maquiagem foram diminuídos depois dela. Sarah enrolou uma mecha de meu cabelo para esconder a liguinha que tinha usado para segurar o rabo de cavalo.

Uau.

Meus olhos carregavam um esfumado preto nos cantos, como um delineado, Sarah fez uma pele impecável e um batom nude estava nos meus lábios.

- Acho que seu salto preto finíssimo ficaria perfeito.

- Meus pés doem, salto está acabando com eles...