Ele percorria o caminho de terra pela trilha que levava até a cachoeira de um jeito tão seguro, que era quase como se já o tivesse percorrido mil vezes.
O silêncio era interrompido apenas pelos sons da natureza: o rumor das águas, o pio de alguma ave noturna, o ruído de insetos...subitamente, Kemal se deteve, recostando as costas no tronco largo de uma árvore. O braço forte puxou-a pela cintura, encaixando-a no corpo rijo numa urgência inesperada.
Teve tempo apenas de soltar a alça da sacola onde Rayna colocara a toalha e um tablete perfumado de sabonete antes que ele a prendesse contra a superfície escamada, pressionando-a com o próprio corpo.
Ele estava descontrolado, devorando-a num beijo sôfrego.
Correspondeu à altura, cheia de saudade e desejo. Conseguindo libertar-se, enlaçou o pescoço de Kemal, encontrando apoio para lançar uma das pernas em torno do quadril estreito. Não demorou a sentir a mão grande levantando a saia do vestido, afastando a barreira do tecido e espalmando seu bumbum.Kemal gemia seu nome repetidamente, como se estivesse enfeitiçado. Arranhou a pele macia das costas largas sob a blusa. Queria que ele a possuísse naquele momento.
-Eu te quero, amor... agora!
Era tudo que ele precisava ouvir. Ajoelhando-se à sua frente, ajudou-a a livrar-se da roupa íntima. A luz da lua quase cheia por entre os galhos das árvores, possibilitou-lhe apreciar a visão excitante do noivo que acariciava-lhe o sexo com a língua aveludada, uma mão acariciando com cuidado seus seios extremamente sensíveis. Um gemido alto escapou de sua garganta e ela se permitiu gritar de prazer.
O bosque era a única testemunha do amor que faziam. Os espasmos intensos que a sacudiram só não foram o bastante para que caísse, porque Kemal a prendeu firmemente, enquanto estremecia. Assim que recuperou um pouco o controle, puxou-o para um beijo apaixonado. Queria retribuir todo o prazer que ele tinha proporcionado. Conduziu-lhe os dedos contra suas dobras umedecidas e abriu o zíper da calça libertando o membro duro que sentira pressionando-a. Ousada, prendeu‐o entre os dedos e ele soltou um gemido, rouco e excitante.
- Ayla...
Fazendo movimentos de vai e vem com a mão, estimulou-o, parando apenas quando o ritmo acelerado do quadril indicou que ele estava próximo do êxtase.
Segurando o tecido do vestido, posicionou as mãos de Kemal em torno de seu quadril, encaixando-o em sua entrada.
- Eu quero você dentro de mim, Kemal, ago...ahhh!- antes que finalizasse, ele penetrou-a. Cada arremetida os levava para mais alto e mais perto do prazer total.
Quando Kemal chegou ao ápice, ela se rendeu inteira, mergulhando num orgasmo intenso. Os corações acelerados batiam num só ritmo, as bocas entreaberta se tocavam tentando reencontrar o fôlego.
Depois de alguns momentos, ele retirou-se gentilmente de dentro do seu corpo e ajudou-a a se acomodar sobre a relva, sentando-se ao seu lado. Depositando beijos suaves em seu rosto, repetia baixinho:
-'Seni çok sevyiorum, Ayla! Çok...prometa que nunca mais vai ficar longe dos meus olhos! Prometa!
Ela o abraçou , rendendo-se à emoção.
-Nunca mais, amor! Nunca mais!
Permaneceram abraçados até que o ar fresco se tornasse frio o bastante para incomodá-los. Desistindo do banho, ela apenas limpou-se com um lenço que ele umedeceu nas águas cristalinas, antes de vestir-se novamente, enquanto admirava a coragem de Kemal para enfrentar as águas frias.
Apressou-se em ajudá-lo a enxugar-se assim que ele saiu, trêmulo.
Entre beijos e brincadeiras, fizeram o caminho de volta. Tentava, sem sucesso, segurar as gargalhadas vendo-o saltar polichinelos na tentativa de se aquecer.- Eu estou quase congelando e você ri, mulher! Você deveria ter me impedido de entrar na cachoeira...sério! - ele reclamou, antes de entrarem na cabana.
- Eu tentei, mas você não escutou!
Rayna, a única que ainda estava de pé ao entrarem, arregalou os olhos ao ver que ele realmente tinha se banhado. Ela apressou-se em aquecer água para fazer um çay, que Kemal aceitou prontamente. Rayna recolheu-se e eles decidiram fazer o mesmo.
Kemal entrou satisfeito debaixo do cobertor, agarrando-se a ela. Antes de adormecerem, beijou-a e, baixando o olhar na direção do seu umbigo, sussurrou pousando uma mão sobre sua barriga:
- Boa noite, meu bebê...eu já te amo demais.
Ela gradeceu aos céus por aquele presente. Naquele momento, sentia-se a mulher mais rica do mundo.
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O anjo protetor
Любовные романыO serial killer faz mais uma vítima. Kemal Aslan, investigador da polícia, segue determinado a solucionar o caso. Enquanto isso, Ayla Nehir decide fazer as pazes com o passado retornando às origens. Três destinos que se cruzam. Três vidas sujeitas à...