Em tudo, sua.

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Kemal

Ele não queria saber de mais nada. Só pensava em unir-se a Ayla. Queria o corpo dela sob o seu, o cheiro alucinante da pele macia se misturando na sua, o gosto de cada pedacinho dela gravado em sua boca. Não aguentaria esperar até a noite do casamento. Ela seria sua agora.

Chegando no quarto que em breve dividiriam colocou-a no chão.
Fechando a porta à chave, virou-se em tempo de ver quando Ayla abriu o baú próximo à cama, retirando algo. Viu o lenço de seda vermelha e uma camisola de renda transparente, branca. Tomando das mãos pequenas o lenço, ele devolveu em seguida, fazendo a pergunta que deveria ser feita no primeiro momento de intimidade entre os noivos, na noite de núpcias:

- Em tudo, minha?

Recebendo o lenço vermelho, ela respondeu:

- Em tudo, sua. Para sempre, sua.

Trocaram um beijo intenso e, antes que a paixão os consumisse, ela  pediu que ele se recostasse nos travesseiros, enquanto ia até o banheiro.
Consumido por um calor intenso, ele tirou a própria blusa. Acendeu o conjunto de abajures laterais que ladeavam a cabeceira, apagando a luz principal.

Engoliu seco quando a porta se abriu e ela veio em sua direção, vestindo apenas a camisola, o tecido transparente deixando ver a sombra dos mamilos rosados e, mais abaixo, a nuvem escura indicando o triângulo entre as pernas.

Buscou o que restava de controle e dirigiu-se ao banheiro, antes que ela o tocasse. Tomou uma ducha rápida, tentando acalmar o desejo. Queria que fosse perfeito pra ela. Enxugando o corpo às pressas, voltou para junto de Ayla. Ela estava deitada, as pernas cruzadas deixavam transparecer a própria tensão. Enternecido, aproximou-se, sentando na beirada da cama, sem tocá-la.

AYLA

Ela não acreditava no que via. Finalmente podia apreciar o corpo masculino perfeito. O tórax esculpido demonstrava toda beleza e força adquiridas nas longas horas passadas nos treinos exigidos para a academia. As pernas dele eram bem torneadas e rijas. Os braços bem delineados e fortes. A toalha mal conseguia conter-lhe a ereção.

Estendeu a mão, acariciando o peitoral perfeito, deslizando a mão até a borda do tecido úmido. O cheiro de sabonete invadiu suas narinas. Ajoelhou-se sobre a cama, engatinhando até posicionar-se de frente aos ombros largos, onde iniciou uma carícia sensual. Ouviu um gemido resignado. Ainda enrolado na toalha, ele esticou o corpo grande para trás, as costas largas apoiando-se sobre o colchão. Ele permaneceu assim, até que ela alcançasse a toalha, as mãos puxando os quadris para que se erguessem, permitindo que ela o libertasse de vez.

Seus olhos devem ter demonstrado sua apreciação e...apreensão. Sentiu uma contração involuntária entre as pernas. Não queria ter medo. Num dos momentos de provocação maliciosa dos últimos dias, tinha comentado com ele que ainda permanecia virgem. Ele conhecia sua insegurança.

Beijando seu rosto, Kemal ergueu mais o tronco, umedecendo os lábios, a boca sensual procurando a sua, os braços enlaçando-a, puxando-a até que estivesse sentada sobre sua rigidez.
Tomando-lhe uma das mãos, conduziu-a até o membro duro, fazendo-a percorrer toda sua extensão. Apesar de rijo, o pênis pareceu-lhe macio. Acariciando em movimentos de vai e vem, Kemal sussurrou de encontro a sua boca:

- Não precisa ter medo.  Eu nunca faria nada que te machucasse, amor...

Retirando as mãos de ambos, ajeitou os sexos de modo a que se roçassem, sem penetrá-la. Sua umidade escorreu abundante, deslizando sua carne macia sobre o pênis  ereto. Eles ficaram assim, num movimento ritmado, por um longo tempo, enquanto as bocas se devoravam.

Kemal foi delicado e carinhoso ao tirar-lhe a camisola. Ainda com Ayla montada sobre o próprio corpo, iniciou uma série de carícias sobre seus seios, a língua e os dentes fazendo movimentos combinados que a enlouqueceram, os lábios sugando e lambendo. Afastando-o, ela quis retribuir o prazer que sentia.

Desceu a boca molhada sobre a pele cheirosa, a língua trilhando um caminho de fogo até encontrar os pelos grossos na virilha masculina, tocando de leve o pênis pronto para possuí-la. Queria senti-lo, provar o sabor, conhecer a textura do sexo firme e rijo. Abocanhou-o, tímida, ouvindo o grunhido que escapou da boca aberta de Kemal. As nádegas arredondadas se contraíram sob a carícia de suas mãos. Ele segurou firme seus cabelos, conduzindo-a no carinho ousado. A pulsação forte indicava que, em breve, ele atingiria o ápice. Antes que isso acontecesse, ele fez com que parasse.

Beijando sua boca, puxou-a até que se deitasse. Kemal acariciava seu corpo inteiro, as mãos deslizando mais fortemente dos pés até a altura do sexo. Abaixando o rosto, aspirou entre seus pelos, fazendo-a abrir as pernas para receber sua língua ousada. Enquanto gemia alucinada, ele devorava seu clitóris, fazendo-a erguer os quadris em direção à sua boca, desejando mais e mais. O êxtase veio em ondas fortes e intensas. Ela gritou o nome do homem a quem sempre desejara.

Antes que os estremecimentos deixassem seu corpo, viu o momento em que ele levou a mão à mesinha de cabeceira, apanhando um envelope. Ela o deteve, antes que ele rasgasse a embalagem.

-Kemal...não precisa. Eu estou protegida.- ele a olhava, surpreso.-  É a minha primeira vez. Eu quero sentir você em mim...

Procurando-lhe a boca para mais um beijo, ele abriu suas pernas, a mão grande espalhando sua umidade sobre a ponta de seu membro. Iniciou cuidadoso a penetração, parando ao sentir sua resistência e reiniciando quando percebia que ela relaxava. Uma investida mais forte e ela sentiu uma pontada aguda. Ele estava finalmente dentro dela. Ayla sentiu o rosto banhado em lágrimas. Um misto de emoções a consumiam, dor e prazer tomando seu âmago, enquanto Kemal arremetia, suavemente.

O movimento cresceu, cadenciado. Ela enlaçou as pernas sobre as nádegas arredondadas, sussurrando palavras de desejo e aceitação nos ouvidos dele:
- Kemal...assim, amor...vem!

Ele ergueu a cabeça gemendo alto, o prazer finalmente atingindo suas entranhas, fazendo-o derramar-se dentro dela.

Ayla sentiu seu ventre se contraindo intensamente. Puxando Kemal pela nuca, sorveu o gosto do prazer em sua boca. Após a explosão, ele repousou o corpo exausto e suado sobre o dela.

Puxando-a, fez com que seus corpos se encaixassem, deitando de lado. Uma emoção imensa os tomou.
Eram finalmente amantes.
Satisfeitos, se renderam a um sono pesado.

O anjo protetor Onde histórias criam vida. Descubra agora