AYLA
O pequeno chalé rústico e romântico entre as árvores era tudo que poderia ter sonhado para uma noite de núpcias. O lugar, próximo a Istambul, possibilitou-lhes uma viagem curta e tranquila.
Acabara de acomodar a pouca bagagem no armário, quando Kemal saiu do banheiro, ainda com os cabelos úmidos e exalando um perfume maravilhoso. O robe preto acetinado, parcialmente aberto, deixavam a mostra o peito largo e o abdômen bem definido. Ansiou por tocá-lo até alcançar a veia saltada que sabia muito bem onde terminava...
O rosto afogueado, ou seu olhar sequioso entregaram seus pensamentos. Kemal aproximou-se, um meio sorriso marcando a covinha sob os pelos bem cuidados da barba espessa.
- É isso que você vai vestir, Ayla?
Os dedos longos acariciavam o tecido fino em tom creme da camisola estendida sobre a cama, deslizando sensualmente sobre a renda do bojo transparente. Os bicos de seus seio se eriçaram em antecipação. Sentia a boca seca quando ele ergueu a minúscula calcinha, apreciando enfeitiçado. Seus olhos se arregalaram quando ele desceu a peça delicada pelo rosto, deslizando-a pelo tronco e pousando-a suavemente sobre o volume que se formara sob o short samba-canção preto que usava.
- Acho que você não vai ter tempo de vestir isso, amor...vem cá.
Ele estendeu os braços, tentando empurrá-la em direção à cama.
- Kemal, não!- quase cedeu quando a barba passou pelo pescoço, arrepiando-a inteira - Eu preciso que você me ajude com isso – virou as costas, deixando-o ver a carreira de botões miúdos - mas, me prometa que você não vai tentar nada..por enquanto!
Ele deu uma risada gostosa, considerando a seriedade da missão.
- Tamam, tamam! Já que não me resta alternativa, vamos eliminar logo esse 'empecilho'.
Cada botão desabotoado, era substituído por um beijo. Quando o último foi aberto, suas pernas pareciam feitas de manteiga. Sentia o corpo inteiro em chamas. Um beijo delicioso na boca quase a convenceu a se render. A mão grande passeando por suas costas era tentadora. Ele a pressionou forte, esfregando a excitação contra sua barriga. Um gemido de frustração escapou dos lábios que a beijavam quando desviou o quadril, separando-os.
- Me deixa ir, Kemal!
Enfim esquivou-se, pegando o conjunto e entrando no banheiro. Encostada na porta respirou algumas vezes, antes de se despir totalmente. Prendeu os cabelos num coque frouxo, em seguida, regulou a ducha numa temperatura quase fria. Ultimamente, banhos quentes a deixavam sonolenta, por conta da gravidez; tudo que menos queria naquele momento era dormir. Manteve o penteado após o banho, puxando alguns fios para dar um efeito 'desarrumado'. Vestiu a camisola e a calcinha e após aplicar uma borrifada do perfume, deu-se por satisfeita.
Deparou-se com os olhos castanhos cravados sobre o corpo, assim que saiu. Ele estava sentado na cama, pernas entreabertas, a cabeça apoiada sobre as mãos unidas. Um sinal de alarme disparou em sua mente. 'Olhos de predador', pensou. Deslizando o olhar por toda sua silhueta, ele respirava fortemente, sem disfarçar o desejo. Mordeu os lábios no instante em que o viu alongar o pescoço de um lado para o outro, enquanto tirava o robe.
O noivo levantou-se, caminhando lentamente em sua direção. Recuou um passo, dando de costas com a porta. Estava sem saída. Kemal prendeu-a, colocando um braço de cada lado de seu corpo. Sem desviar os olhos, roçou o nariz no seu. Em seguida, esfregou a barba pela sua face, lentamente aproximando os lábios.
- Ayla...- a voz rouca em seus ouvidos era excitante e quente- eu estou me controlando muito agora, sabe?
- Se controlando? Por quê? – queria que ele a tomasse sem receios.
- Eu sonhei tanto com esse momento que não sei se vou conseguir me conter...eu não quero te machucar- podia sentir a pulsação do pênis duro se insinuando contra sua virilha.
Erguendo os braços, enlaçou o pescoço tenso. Com uma das pernas enlaçou o quadril estreito, aproximando sua intimidade ao volume rijo sob a seda preta.
- Kemal...
- Oi, amor- ele parecia hipnotizado, enquanto esfregava seus corpos. O ponto de atrito era fogo puro. Roçou levemente os lábios contra a boca macia, enquanto sussurrou, num pedido ardente.
- Eu não quero que você se detenha. Me ame, hayatim! Agora!
Ele ergue-a pelo bumbum estreitando o encaixe. Encostando-a completamente na porta, intensificou o beijo. A mão livre deslizava pela lateral do seu corpo, experimentando a textura da camisola, ao mesmo tempo em que os dedos se insinuavam, acariciando os mamilos rijos, esfregando a pele arrepiada e puxando a lateral da calcinha desajeitadamente, tocando seu sexo. Ela gemeu descontrolada, correspondendo ao beijo enquanto tentava respirar, sofregamente.
Só notou que ele a levara para cama quando sentiu o contato macio do colchão. Kemal deslizou os lábios pelo pescoço, as mãos forçando o decote em v da camisola, afastando o tecido para os lados e deixando os mamilos livres para sua boca gulosa. Sugou um, depois o outro, arrancando gemidos alucinados de sua garganta. A peça aberta na barriga, dava acesso quase que total ao corpo feminino.
Em pouco tempo, ele descobriu como abrir o fecho do único botão que fechava a camisola, deixando-a quase nua. Livrando-a, desceu a língua quente em direção à calcinha, espalhando saliva por onde passava, ao mesmo tempo em que soprava suavemente a pele do ventre. Passando pela leve protuberância abaixo do umbigo ele ergueu o olhar, um sorriso imenso acentuando as ruguinhas ao redor dos olhos.
- Espero que esse neném esteja dormindo. O que eu pretendo fazer com você, não é adequado para menores.
Ela nem teve tempo de responder. Kemal iniciou uma sessão molhada de carícias sob o sexo umedecido. Ela conseguiu apenas girar a a cabeça de um lado para o outro, agarrando um ombro forte com uma das mãos e mergulhando os dedos da outra entre os cabelos fartos do marido.
Kemal livrou-a da calcinha, mergulhando o rosto entre as dobras de seu sexo excitado. A língua sinuosa sabia o que fazer para levá-la ao ponto sem retorno onde mergulharia no ápice do prazer. Seus gemidos se perderam no ar, enquanto ele a prendia firmemente pelas pernas abertas, entre os braços.
- Kemal...- sua respiração ofegante ainda ecoava quando ele ergueu o tronco para apreciar sua expressão de êxtase.
Trocaram um olhar apaixonado. Erguendo-se, puxou-o para saborear os lábios vermelhos, ainda úmidos pelo prazer que lhe provocara.
Invertendo as posições, repetiu no corpo masculino o mesmo percurso que ele traçara. Viu quando ele jogou a cabeça para trás, a boca aberta gemendo forte e o queixo apontando o teto, quando sua boca ultrapassou a barreira do short, lambendo e sugando o pênis rijo, impiedosamente. Teria continuado a sugá-lo até o orgasmo, se ele não a tivesse detido.
Beijando-a com toda paixão que sentia, Kemal deitou-a, abrindo-lhe as pernas. Molhando os dedos na própria saliva, tocou-a intimamente, espalhando sua umidade e preparando-a para o que viria.
- Eu te amo, hayatim... muito.- ele deitou o próprio corpo cuidadosamente, posicionando o membro em sua entrada e penetrando-a suavemente.
O ritmo dos quadris acelerou-se, sincronizado. Os dois se entregaram totalmente à paixão, compartilhando a alegria de ser um só, de corpo e alma.
Finalmente, marido e mulher.
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O anjo protetor
عاطفيةO serial killer faz mais uma vítima. Kemal Aslan, investigador da polícia, segue determinado a solucionar o caso. Enquanto isso, Ayla Nehir decide fazer as pazes com o passado retornando às origens. Três destinos que se cruzam. Três vidas sujeitas à...