Fuga pra dois

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AYLA


- Nossa! Isso está divino! Adorei a surpresa, Kemal! - gemeu alto, enquanto saboreava a última porção do ravioli com molho ao pesto, ricota e nozes, que ele tinha encomendado para o almoço.

Estavam na cozinha do apartamento onde ele ainda morava. Kemal planejara tudo para que pudessem desfrutar ao máximo o tempo que tinham: encomendara a refeição leve, providenciara o vinho suave e combinara com o companheiro de casa para que o apartamento ficasse livre. Ao apanhá-la no fim do ensaio, tinha feito um único pedido: que pudessem apreciar a companhia um do outro, sem nenhuma interferência.

-Vamos nos dar esse tempo juntos, tamam? Não quero pensar em nada que me roube você... depois, voltamos pro mundo real.

Ela adorara a ideia. Sabia que, assim que chegassem à casa de Nene, Kemal ficaria louco com a situação de Narin. Precisava estar tranquila com ele, especialmente depois da noite anterior. Tinham parado na agência para alguns acertos finais sobre a cerimônia de casamento e agora, aproveitavam a 'fuga'. Ele sorriu, apontando o prato:

- Ravioli...o jantar da noite em Milão. - Ela se impressionou com a memória de Kemal.

- E você ainda se lembra, amor?

Ele estendeu a mão, segurando a sua. Levando-a aos lábios, beijou a ponta dos dedos.

- Eu me lembro de tudo daquela noite, Ayla. Tudo.

Ela sentiu o rosto em chamas, a imagem dos dois na cama voltando à mente, acendendo nela o desejo de se entregar novamente. Ele puxou seu braço, erguendo-a e fazendo com que se sentasse sobre suas pernas fortes. O calor se alastrou, aumentando a excitação que já sentia... efeito do vinho? Beijando-a, ele abaixou o olhar.

- Como você está, Ayla? Digo... aqui.-  a mão grande pousou de leve sobre a junção entre suas pernas.

Ela se contorceu, se acomodando melhor. Retribuindo o beijo, sussurrou a resposta próximo ao ouvido de Kemal. Não perderia a oportunidade de provocá-lo.

- Digamos que eu me lembrei do que fizemos a manhã inteira. E ainda estou me lembrando. - sorriu maliciosa, pressionando de leve a ereção que se insinuava sob seu traseiro.

Enquanto a barba macia provocava a pele de seu colo, ela pegou a taça próxima. Ofereceu ao noivo. Ele bebeu, a expressão entregando pensamentos ardentes. Devolveu a taça à mesa, voltando sua atenção para os lábios ainda úmidos. Saboreou o gosto do vinho na boca macia. Sentiu a mão firme subindo até sua nuca, puxando de leve seus cabelos, enquanto a outra se insinuava sob sua blusa, alisando a pele da cintura.Ficaram algum tempo se provocando, até que ele se levantou, erguendo-a.

KEMAL

Levando-a em direção ao quarto, pensava em quanto tempo ainda tinham. Pretendia realizar a fantasia de tê-la na cama onde dormia. Não pretendia ir até o fim, mas precisava do contato com o corpo de Ayla.

Nas poucas vezes em que ele a trouxera até o apartamento, Bedir sempre estava presente, o que não possibilitara aos dois um contato mais íntimo. O máximo que conseguira fora alguns amassos rápidos, já que Ayla parecia constrangida demais com a ideia de fazer sexo sabendo que seu colega estava no outro cômodo. Ele a respeitara, especialmente depois que ela confessara que ainda se mantinha virgem. Mas agora, a situação era diferente. Estavam sozinhos e...ela não era mais virgem.

Após fechar a porta, ele a abraçou por trás, encobrindo os seios arredondados. Afastou o sutiã para acariciar os mamilos excitados.Não demorou em substituir as mãos pela boca, a umidade dos lábios e da língua se espalhando pelo colo macio. Sentando-se na cama, fez com que ela se posicionasse de frente, livrando-a da blusa. Em seguida, tirou a saia justa, deixando-a apenas com o conjunto de lingerie. A cena linda diante dos seus olhos, fazia com que seu desejo atingisse uma grau inimaginável. Respirou, buscando se acalmar. Ela dissera que estava sensível. Não queria machucá-la.

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