Capítulo Quarenta e Seis

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Olá, meus caros masoquistas, estou de volta mais cedo do que qualquer um de vocês esperava, eu aposto. Bem, é que hoje é o dia do psicólogo e eu absolutamente não poderia deixar a piada passar~

Boa leitura!~

Voto perpétuo

— "É bom vê-lo bem, meu menino." — Harry encarou o homem na outra ponta da sala. Olhos azuis cintilantes atrás do óculos de meia lua.

— "Felizmente não graças ao senhor, eu suponho." — Um ótimo começo, não? E não era mentira, escalou o fosso do inferno com suas próprias unhas.

Isso definitivamente atingiu Dumbledore, que deixou um longo suspiro escapar e pareceu uns 10 anos mais velhos.

— "Eu lamento muito por não ter conseguido fazer algo por você antes, Harry." — Não se sentiu nem um pouco movido. Essas lamentações não iriam mudar o que aconteceu. — "De todo modo, creio que não quis falar comigo apenas para ouvir um velho se lamentar."

— "Exatamente. Sendo direto ao ponto, professor, eu tenho informações que podem ajudar na guerra. Sobre as horcruxes." — Harry pode ver com clareza o momento que Dumbledore prendeu a respiração, mordendo a língua para não soar tão apressado. — "Claro, como tudo nessa vida, tem um preço. Está disposto a ouvir minhas condições?"

— "Vá em frente."

— "Muito bem. Primeiro de tudo, eu não quero me envolver no seu clubinho do chá, vocês quem irão fazer o trabalho sujo, não eu. Eu quero que duas pessoas diretamente envolvidas com os comensais saiam limpos dessa bagunça: Narcisa e Draco Malfoy. Também quero que meu filho não seja associado a Voldemort de nenhuma maneira, qualquer que seja, e que ninguém possa fazer mal a ele por esse motivo." — Eram exigências bastante simples, estava praticamente trocando informações a preço de banana.

— "Apenas isso?" — E Dumbledore concordava com esse pensamento. Por um segundo, Harry pensou nas possibilidades mais mirabolantes do que poderia pedir. No fim, respirou fundo, adicionando apenas mais uma condição.

— "Você não poderá questionar a forma que eu tive acesso a essas informações." — Porque como poderia explicar o fato que sabia exatamente todas as horcruxes de Voldemort e que sua maior parte estava destruída?

— "... muito bem, tem a minha palavra, Harry." — Dumbledore aceitou após parecer desconfiado por alguns segundos.

— "Não me entenda mal, professor, não é como se eu não confiasse na sua palavra, mas eu também confiava que Hogwarts era segura e olhe onde eu terminei. Eu só irei falar após um voto perpétuo." — Empinou o nariz, tentando soar o mais confiante possível.

— "Perdão? Um voto perpétuo? Não acha que está indo um pouco longe demais, meu menino?" — Harry arqueou as sobrancelhas, prestes a repetir o que sua mãe sempre dizia.

— "Quem não deve não teme, professor. E então? É pegar ou largar." — Não era ele quem sairia na desvantagem ali, daria um jeito sozinho na maldita cobra ou deixaria que eles a matassem com o tempo.

Mas isso economizaria meses de caça às horcruxes.

Bem, não era problema seu.

— "Um voto perpétuo, tudo bem." — Dumbledore saiu, voltando com Sirius alguns minutos depois. Harry esperava não ter que dar explicações.

E realmente não precisou, Dumbledore deve ter explicado a ele no caminho e Sirius confiava em seu pobre afilhado, não é? Se pedia pelo voto mais poderoso da magia, era porque tinha motivos, certo?

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