Capítulo Onze

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Harry, conheça o Harry.

Rony percebeu onde o olhar de Harry estava fixo e deu uma pequena risada nervosa.

— "Ah, Harry… esse é o..uh… Harry." — Os apresentou, ou melhor tentou.

— "Olá, eu sou Hadrian Le Fay." — Foi rápido em se recompor do susto inicial, estendendo a mão em um cumprimento junto com um sorriso forçado convincente o suficiente.

— "Harry, Harry Potter." — Quando suas mãos se tocaram, ele teve o impulso de recuar.

Era tão inacreditável que Harry quase deixou o seu horror aparecer em seu rosto, quase.

Como mestre da morte e uma ninfa, Harry conseguia sentir a vida existente em cada ser. Em desconhecidos por um toque, pessoas com um laço emocional contanto que não estivessem muito longe.

Aquilo era uma vida fabricada, não natural e definitivamente magia proibida.

Brincar de deus e tentar criar uma matéria viva era quase tão sujo quanto uma horcrux.

Aquilo a sua frente não era um humano, nem um corpo reanimado por necromancia. Era… um homúnculo.

Uma obra prima da alquimia, algo que as pessoas somente poderiam sonhar.

Dumbledore é alquimista e é amigo de Nicolau Flamel — um gênio da alquimia — um homúnculo perfeito apenas poderia ser feito por ele.

— "Você não estava, hm… desaparecido?" — Harry não foi muito sutil, toda a sua mente trabalhando para analisar a nova peça no tabuleiro, o homúnculo de Harry Potter.

— "Você não leu o jornal? Ele foi encontrado algumas semanas atrás." — Foi a vez de Draco se intrometer na conversa, recebendo um olhar feio dos outros. Nesse momento Harry notou que Hermione também estava lá e não teve mais dúvidas que isso era coisa de Dumbledore já nunca viu ela e Rony conversarem, muito menos o ruivo falar sobre ela.

Fez um pequeno som de entendimento, se despedindo dos Weasleys e dos Malfoys com uma desculpa que iria comprar seu material e não iria mais atrasá-los.

Porém, ele ainda precisava do diário e propositalmente trombou em Ginny, que derrubou o caldeirão onde os livros estavam.

— "Por Merlin! me desculpe…" — Rapidamente se abaixou para recolher os livros junto a Ginny, mas antes que pudesse tocar no diário alguém o fez antes. Harry quis xingar aquela cópia de vida mal feita por estragar tudo. — "Aqui...uh...me desculpe, novamente."

Devolveu os livros para Ginny, lançando um olhar que prometia uma morte lenta e dolorosa para o outro Harry, que sorriu em resposta.

Harry queria gritar, quebrar, queimar algo, de preferência aquele maldito homúnculo.

Ele seguiu a lista de materiais e comprou seus livros, após um longo tempo considerando se realmente valia a pena gastar dinheiro nos livros de Lockhart, afinal, DCAT seria um total desperdício neste ano.

E ainda tinha o maldito basilisco já que a porra do homúnculo não o deixou pegar a merda do diário.

Ele se perguntava como aquele Harry falso iria conseguir entrar na Câmara Secreta. Ele não era uma horcrux, ele não era descendente de Salazar, nem sequer era realmente vivo. Dumbledore foi capaz de o ensinar parseltongue?

Espere, essa não deveria ser uma fanfic de enredo ruim? Nessas fanfics Dumbledore é burro demais para pensar numa solução como essa.

Sistema, como isso foi possível?

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