Um beco sem saida.
Estava fora.
Realmente estava fora.
Segurando o bebê que se debatia em seus braços, a única coisa que Harry pôde fazer foi chorar junto a ele.
— "Senhor..?" — Harry não lhe deu ouvidos de primeira, precisando de alguns segundos para se recompor.
Limpou as lágrimas, tentando seu melhor para fazer Caim calar a boca e oferecendo um sorriso miserável ao atendente do Caldeirão Furado.
— "Poderia abrir a passagem do beco para mim, por favor? Estou sem minha varinha no momento." — Ele não parecia muito confiante em deixar Harry ir, mas não o impediu.
Ainda estava bastante ciente do anel em seu dedo, não sabia direito como ele funcionaria, mas definitivamente não poderia ficar em um local rastreável como o caldeirão furado.
Sua melhor esperança agora era em gringotes, com seus amigos — Harry sinceramente duvidava que eles seriam amigos de um bruxo — duendes.
Era meio da madrugada, nenhuma loja estava aberta. Harry perguntou a hora para o desconhecido — quatro da manhã.
Em breve, uma ou duas horas, o beco diagonal começaria a acordar.
Harry não tinha todo esse tempo.
Era Outubro, obviamente estava frio e suas roupas não eram nem um pouco próprias para o clima.
E o bebê… Apesar de estar enrolado em um cobertor, deveria estar frio…
É bom que ele morra de frio de uma vez.
Harry ignorou aquele pensamento.
— "Você… está muito frio, pode alugar um quarto de quiser, não precisa pagar adiantado." — O atendente tentou insistir, Harry quase se sentiu movido com aquele mínimo gesto de empatia.
— "Eu não tenho tempo, mas obrigado mesmo assim." — Não poderia se dar ao luxo disso, infelizmente.
Com o vento frio fazendo-o tremer, subiu a escadaria de gringotes e, assim como pensava, não estava aberto, entretanto, poderia ver alguns duendes trabalhando dentro.
Teria tempo para esperar?
Voldemort poderia descobrir que fugiu a qualquer minuto agora.
Não tinha uma varinha, não tinha nem sequer acesso a sua magia.
Precisava se livrar daquele anel.
Se sentou na escadaria, deixando Caim no chão e encarando seu dedo anelar. Ainda se parecia mais com uma corrente do que uma jóia.
Tentou puxar, nem sequer se mexeu — o metal parecia em chamas e quase queimou os dedos.
Harry se perguntava se seria tão fácil se livrar dele. Se cortasse o dedo fora… seria possível? Teria que falar com um quebrador de maldições primeiro.
Sabia que alguns artefatos amaldiçoados possuíam um efeito minimamente inconveniente quando retirados à força.
Voldemort não seria tão burro, certo?
Que inferno, não tinha tempo, não tinha tempo-
— "Para de chorar, caralho!" — Gritou com o bebê ao seu lado, voltando a segurá-lo. Não conseguia pensar com ele fazendo tanto barulho.
Deveria estar com fome. Que merda, como iria alimentar um bebê? Não tinha um único sicle em sua posse.
Se levantou novamente, a porta continuava trancada. Harry começou a bater, continuaria até ser irritante o suficiente para alguém vier ao lado de fora.
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Hush
Fanfiction[concluída] Harry Evans era um escritor de fanfics conhecido por trabalhar principalmente com universos alternativos e ter uma língua bastante afiada. Bem, ele não hesitava nem por um segundo antes de criticar as fanfics alheias. Ortografia ruim e e...