Hush

Capítulo Dois

Teste de Herança que dura o capítulo inteiro.

Quando Harry chegou perto do banco, o sistema emitiu outra mensagem:

[seja respeitoso com os duendes]

Você sabe que não faz o mínimo de sentido o Harry original saber o cumprimento dos duendes, certo? Isso é um enorme furo de roteiro, mas o que eu esperava de uma fanfic tão ruim?

[...]

O que foi? Ficou bravo? É apenas a verdade, mon'amour.

Mesmo contrariando o sistema de tarefas em sua cabeça, Harry ainda sim se curvou para os duendes na entrada do banco, se sentindo extremamente pequeno comparado ao tamanho daquelas criaturinhas.

Se tinha uma coisa que Harry sentia falta do seu corpo original era a sua altura.

Ele não se importou muito com isso, era normal crianças de 10 anos serem baixinhas, entretanto, o Harry original era mais baixo do que o adequado para a sua idade. Ah, as desvantagens de crescer em um armário debaixo da escada.

Harry entrou no banco, sentindo-se um pouco intimidado pelas mesas altas dos duendes, parando em frente a uma e esperando a criatura terminar o que quer que estivesse fazendo.

- "(Porra que demora do caralho, pesar essas coisinhas brilhantes demora tanto assim?) Bom dia, mestre Goblin, meu nome é Harry Potter e eu gostaria de solicitar um teste de herança." - Novamente, a censura não deixaria ser tão rude e acabar com o roteiro fazendo os duendes o odiarem, porque, claro, Harry tinha que ter a amizade deles por um total de zero motivos além de mostrar que ele é foda.

Sendo que não faz nenhum sentido toda uma nação oferecer a amizade para uma criança que sequer tirou a catinga do mijo, não importa quanto poder ela tenha.

- "Venha comigo, senhor Potter, irei levá-lo até o gerente das suas contas."

O duende desceu de sua enorme e impotente mesa que compensava sua altura minúscula, caminhando sem sequer esperar por Harry até uma porta que ele não tinha notado ali antes.

Harry não tinha muita escolha a não ser seguí-lo. Eles pararam na frente de uma porta, o nome "Ragnok" estampado numa pequena placa dourada em sua frente.

- "(Porque sempre é o mesmo nome?) Obrigado, mestre goblin, que seu ouro sempre cresça."

- "E que seus inimigos caiam aos seus pés, Senhor Potter." - Ele esboçou um sorriso estranho que fez um arrepio subir pela sua espinha.

Ei, ei, seu sistema fajuto, não faz absolutamente nenhum sentido o Harry original saber essa saudação! Ele não era uma coisinha ignorante e por isso voltou no tempo? Ele era burro pra caralho!

[primeiro, seria apreciável se o senhor xingasse menos]

Vai se foder.

Harry teve quase certeza que ele ouviu um suspiro.

[segundo, o enredo é dessa forma]

Então, você admite que o enredo é quebrado e mal escrito?

[...apenas faça o que tem que fazer e não questione]

Eu sou um escritor! Meu trabalho é questionar!

[eu irei iniciar uma punição nível um]

Certo, certo, você parece um pai que usa sua autoridade como progenitor para ignorar o argumento válido do filho.

Harry não enrolou muito mais, batendo duas vezes na porta e ouvindo um "entre" abafado.

Dentro da sala, havia outro duende bem vestido atrás de uma mesa, que acenou para Harry se sentar em uma das cadeiras a sua frente.