Capítulo Sete

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A lua não brilhava naquela noite

Era o oitavo bocejo de Harry na aula de História da magia. Se a classe já dava vontade de dormir normalmente, isso se intensificava mil vezes quando se passou a noite inteira brincando pela floresta.

Mas Harry não se arrependia de nem um segundo que ele passou sem dormir.

Sentia-se tão leve quanto uma folha ao vento e todo o seu corpo cantava de alegria. O passeio pela floresta o fez mais bem do que pensou; Conectar-se com a sua herança ninfa o fez mais bem do que pensou.

Draco o olhava estranho, se perguntando como alguém conseguia parecer tão cansado e tão feliz ao mesmo tempo. O grifinório não se importou muito, ele já sabia que Harry tinha alguns (muitos) parafusos a menos.

Harry finalmente cedeu e apagou sobre sua mesa assim como mais da metade da sala, ele teria DCAT após isso e precisava de um pouco de energia para poder conseguir se sustentar pelo resto do dia.

"...tre… mestre..! Acorde!" — Ouvindo o sibilar constante, Harry finalmente acordou em um total pânico; ele ainda conservava um pouco do seu medo por cobras. — "Os outros humanos estão saindo, acho que o mestre precisa ir também."

— "Obrigado por me acordar." — Chiou em retorno em um tom quase inaudível quando teve certeza que ninguém estava prestando atenção.

Harry queria chamar menos atenção possível e isso seria difícil se descobrissem que ele é um parselmouth, afinal, essa é a habilidade de Voldemort. Ele realmente não queria ser tachado como próximo lorde das trevas ou algo assim.

Pensar em parselmouth o lembra do segundo livro da saga, a câmara secreta. Depois de o prisioneiro de Azkaban, era o seu filme preferido. Porque? Bem, digamos que Christian Coulson atuando como Tom Riddle foi o seu primeiro crush. E, porra, ele era realmente muito, muito bonito.

Voltando ao foco, a câmara secreta. Harry se perguntou se talvez ele conseguisse controlar o Basilisco já que Tom Riddle não está aqui e, tecnicamente, ele também é o herdeiro de Salazar Slytherin pelo seu vínculo de almas gêmeas ou algo assim.

Seus pensamentos sobre a câmara foram esquecidos quando Harry chegou até a área externa do castelo para a sua primeira (e única) aula de vôo.

Harry não queria se destacar ao se tornar apanhador ou algo assim, na verdade, ele estava quase que completamente certo que o time da corvinal estava bem completo. E Harry nunca foi uma pessoa dos esportes de qualquer maneira.

O incidente de Neville ainda aconteceu, porém dessa vez Draco não mexeu no lembrol caído no chão, já que Harry o pegou antes que alguém pudesse notar.

Ele pensou em repetir a cena do canon atuando como Draco e assim fazer o herdeiro Malfoy se tornar o apanhador da Grifinória, entretanto, Harry tinha quase certeza que o outro garoto preferia morrer do que jogar pela casa dos leões.

O dia correu sem mais incidentes e assim foi o resto da semana, até que numa noite fria Harry novamente se aventurou pela floresta proibida.

Ele repetiu o "ritual" de sempre: Saltar da torre da corvinal, correr até estar dentro da floresta, se livrar de suas roupas e ouvir os sussurros das árvores.

A cada dia que se passava, Harry sentia uma urgência maior de voltar a floresta e cada noite que ele passava longe eram torturantes. No fim, andar pela floresta proibida se tornou um evento diário.

Tudo estava indo perfeitamente bem, até que finalmente chegou a noite de Halloween.

— "UM TROLL! UM TROLL NAS MASMORRAS!" — O professor Quirrell invadiu o grande salão enquanto gritava. — "Achei que deveriam saber…"

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