Capítulo Quatro

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Estragando uma boneca de porcelana

— "Mestre? Porque porque o ar tem gosto de queimado e magia obscura?" — Persephone acordou quando Harry se afastava. E, sim, Harry ainda ainda estava um pouco horrorizado por ter uma cobra no seu pulso e poder conversar com ela.

— "Nada demais, apenas ressucitei um corpo e provoquei um incêndio." — A cobra filhote, que naturalmente não tinha nenhum senso de moral, apenas sibilou algo sem significado em resposta.

[Nada demais? NADA DEMAIS!?]

Ei, não grite, é indelicado. Não foi você que me pediu pra dar uma lição nos Dursley? Lição dada, eles nunca mais vão maltratar uma criança na vida. Sabe porque? Porque eles estão mortos, duh. Não é simples?

[Você é completamente louco]

E não somos todos nós?

[...]

Foi você quem me colocou nesse mundo, agora assista enquanto eu o transformo no meu playground.

— "Mansão Potter." — Sussurrou, o anel de senhorio que funcionava como uma chave de portal se ativou, o cuspindo na porta da residência. 

Nesse momento, Harry adicionou "meios de locomoção mágicos" a lista de coisas que ele odiava.

A grande porta foi aberta e a cabeça de um pequeno ser apareceu por ela. Um elfo doméstico, Harry observou.

— "Uh.. olá?" — Harry se levantou do chão a qual ele havia caído miseravelmente, decidindo ser cortês. — "Eu sou o nome mestre da casa Potter, Hadrian Le Fay."

 Com muita insistência e teimosia, Harry conseguiu convencer o sistema que Le Fay era muito melhor que Peverell. Seria muito mais difícil desconfiarem de qualquer envolvimento seu com os Potter assim. Além de que, apesar de não ser nem um pouco discreto, era muito mais discreto que Peverell, uma linha que há muito foi extinta.

Mas, claro, Harry não se importava com isso de verdade, no fim, ele queria o sobrenome Le Fay simplesmente pelo aesthetic. Fútil? Bem, todos nós somos em algum momento.

— "Mestre..! Eu sou Tink, pronta para serví-lo." — O elfo doméstico, abriu a porta por completo, fazendo uma reverência que seu nariz quase tocava o chão.

— "Hm. Eu quero descansar, prepare um quarto pra mim. Amanhã após o café me apresente os outros elfos." 

— "Sim, meu Senhor." — Ela o guiou pela mansão bem cuidada, o deixando no quarto principal da casa. Harry a mandou preparar um banho para que ele pudesse relaxar um pouco antes de dormir.

Havia sido um dia longo, muito longo.

Na manhã do dia seguinte, Harry acordou cedo, tomou um delicioso café da manhã, conversou com os elfos e… se tornou um rato de biblioteca. 

Ele viajava com o seu anel para as mais diversas propriedades em busca de suas bibliotecas e até mesmo aos cofres de Gringotes. 

Harry obteve todo o conhecimento que podia no seu tempo limitado sobre suas heranças e magias naturais. Afinal, do que servia um diamante nas mãos de um animal selvagem? 

Ele testou os mais diversos tipos de magia e poções, o tempo parecia pouco demais para o tanto que ele queria aprender. Felizmente, ele tinha uma memória eidética e pela primeira vez Harry agradeceu o autor daquela fanfic por isso.

Em nenhum momento Harry sequer chegou perto dos assuntos de Hogwarts. Do que servia a escola se ele já soubesse tudo que se ensinava nela?

Ele era poderoso, mais poderoso que qualquer um já ousou imaginar. Dar tanto poder em suas mãos havia sido um grande, grandíssimo erro.

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