|ESTA OBRA É UM DARK ROMANCE|
Asen só almejava uma coisa ao finalmente conquistar sua liberdade: vingança.
Um propósito; um plano; uma prioridade.
Ele só não esperava conhecê-la; e nem que isso mudaria cada um de seus maiores objetivos.
Um vampir...
Me diga todas as maneiras de me distanciar Longe, longe E fique longe
BLACK OUT DAYS;Phantogram
• HAZELALLEN
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Minha cabeça acordou doendo levemente no dia seguinte, uma pontada fraca mas que incomodava, e eu já sabia o que era. Tentei me convencer de que estava ficando louca, mas não foi alucinação, não foi um sonho — aconteceu, e foi real.
Asen havia aparecido em meu quarto ontem; e fez algo com minha mente outra vez.
Me levantei da cama irritada, abrindo a gaveta da mesinha da cabeceira onde havia guardado as cinzas, pegando-a para despejar um punhado no copo de água. Elas deveriam funcionar, deveriam evitar que minha cabeça doesse, mas era difícil quando eu não sabia do que se tratava, e era ainda mais difícil quando o Asen, que parecia ser o responsável por isso, continuava fodendo com minha cabeça.
Também não podia esquecer do que descobri ontem à noite ao traduzir as palavras em latim que Asen havia dito para a mulher misteriosa.
Ajuda com o sobrenatural. Ela não precisa saber.
O que diabos aquilo deveria significar? Sobrenatural? Com o que estávamos lidando, afinal? Ninguém me dizia nada, ninguém parecia realmente interessando em informar qual era a porra do problema que havia em minha mente, e eu não sabia se conseguiria descobrir sozinha.
Bebi o líquido amargo em um só gole, e espremi os olhos devido ao gosto terrível que se acentuava em minha língua. Esperei que o efeito passasse e abri os olhos, guardando as cinzas novamente. Caminhei até a janela e parei diante da mesma, observando o sol nascer completamente.
Senti meu corpo arrepiar quando as memórias de ontem à noite se materializaram em minha mente.
Ainda consigo sentir a sensação de sua mão acariciando minha cintura, de sua língua deslizando pela pele de meu pescoço, do seu calor quando o mesmo apoiou a testa em meu ombro e me apertou contra si — a intensidade do momento ameaçava me derrubar.
Me obriguei a afastar aqueles pensamentos, me odiando por — apesar de odiá-lo — me sentir tão atraída por ele. Não queria, mas era inevitável o frio na barriga que sentia sempre que lembrava de ontem à noite, do seu olhar que parecia tão faminto direcionado à mim.
— Não seja estúpida! — Rosnei para mim mesma, me afastando da janela para ir até o banheiro.
Asen era um babaca psicopata que parecia adorar mexer com minha mente, e eu precisava me manter longe dele se quisesse minha saúde mental intacta. Nem mesmo sabia o que merda ele fazia comigo para que esquecesse das coisas, até onde eu sei, nunca aceitei nada dele. Uma bebida, uma comida, nada.
