|ESTA OBRA É UM DARK ROMANCE|
Asen só almejava uma coisa ao finalmente conquistar sua liberdade: vingança.
Um propósito; um plano; uma prioridade.
Ele só não esperava conhecê-la; e nem que isso mudaria cada um de seus maiores objetivos.
Um vampir...
Desde que você se tornou o meu Às de copas Me atingiu como um trem de carga no escuro Venha, amor, me leve para longe Eu quero me perder na grande fuga Nãodeveríamos ter que tentar Nãodeveríamos ter que tentar tanto
ACE OF HEARTS; Zella Day • HAZEL ALLEN
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Os dias vinham correndo bem, uma suave rotina que contrastava com a agitação habitual. Naquela tarde, decidi cuidar de mim mesma, um dia de autocuidado que se relaciona mais ao meu tédio frequente do que qualquer outra coisa.
Estava na banheira, imersa na tranquilidade da água morna que envolvia meu corpo. Meu rosto coberto por uma máscara facial e meus cabelos recheados de hidratação; não lembro a última vez que me permiti relaxar sem esperar por um maníaco sanguessuga para me atacar, e poder finalmente desfrutar da paz, era um privilégio ultimamente.
Meu namorado continuava a me negar fogo, e embora eu compreendesse sua preocupação, meu corpo pedia, almejava, implorava por ele, e isso era algo que eu não estava sabendo lidar muito bem.
Mesmo assim, Asen estava sempre por perto, me proporcionando momentos que diferiam da promiscuidade e toda a pornografia que ele disse estar enraizada na minha mente fértil.
Autocrítica, senhor Asen?
Suspirando, decidi parar de pensar no meu namorado antes que as coisas tomassem outro rumo, e me entreguei à onda de calmaria, observando o céu alaranjado através da claraboia. Estava mais ensolarado que o normal nesta tarde, e eu sabia que mesmo não tendo aula hoje, Asen estaria treinando na escola para os próximos jogos.
Que saudades dele…
Reviro os olhos, os fechando em seguida, e me permiti silenciar meus pensamentos por alguns momentos. Não ouvia nada além do som de pássaros sobre a casa, ou crianças correndo na rua.
Até que imagens surgiram em minha mente; imagens familiares.
Eu estava descalço, correndo, alguém me perseguia. O céu nublado, a névoa me cegando, meu fôlego indo embora. Olhei para trás, encontrando o sujeito ao meu encalço, furioso, tentando me alcançar.
Virei-me para frente, e acelerei os passos, ouvindo sua voz grave e monstruosa me seguir.
— Não pode se esconder de mim!
Sobressaltei, agarrando as bordas da banheira, e só então percebi que cochilei, sendo levada ao antigo pesadelo que há muito tempo não me assombrava. Respirei ofegante, sentindo meu coração palpitar, e me retirei da banheira antes de me enrolar no roupão, me sentando no banco do banheiro para recuperar minha postura.
