Capítulo 29

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Me toque, sim
Eu quero que você me toque
Me faça sentir como se estivesse respirando
Sentir como se eu fosse humano

A LITTLE DEATH; The Neighbourhood

ASEN KONAN

Havia voltado para casa há algumas horas, sendo recebido pela escuridão da casa e o silêncio incômodo

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Havia voltado para casa há algumas horas, sendo recebido pela escuridão da casa e o silêncio incômodo. Nikolai não estava ali, tendo me avisado que passaria o resto da noite com Lana em sua casa, o que me fazia questionar sobre a verdadeira relação que havia entre os dois.

Contudo, já tinha muito com o que me preocupar para ter que pensar em relacionamentos alheios — principalmente os que envolviam Nikolai — e não havia mais espaço em minha mente para tais assuntos.

Tentei não pensar muito na noite de hoje e em como quase perdi completamente o controle naquele vestiário. Eu poderia fazê-la minha bem ali, contra aqueles armários frios — se eu não fosse um maldito virgem quase inexperiente que sequer havia beijado alguém antes dela. Muito embora eu não fosse um completo monge, não queria colocar tudo a perder e deixá-la descobrir quem, de fato, eu era. 

As coisas entre nós não eram lá as mais funcionais, nem muito menos sentimentais, e não tinha certeza se Hazel gostaria ou aceitaria ser a minha primeira; geralmente certos momentos tendem a ser especiais, importantes.

E não acho que éramos sequer importantes um para o outro. 

Estava jogado na cama após um banho demorado, vestindo apenas uma calça moletom e regata enquanto encarava o teto branco e vazio do meu quarto, sentindo a brisa gélida de outono invadir o cômodo pela janela entreaberta. Meus pensamentos não passavam de peças embaralhadas de um quebra-cabeça, conforme as imagens de Hazel insistiam em retornar à minha mente como um maldito CD arranhado.

Não queria ter que pensar nela.

Não depois de lhe propor uma sessão de sexo quente enquanto a masturbava com meus dedos; e com certeza não queria ter que lembrar dessa cena quando cada memória parecia acionar um gatilho direto no meu pau.

Hazel conseguia me fazer odiá-la e almejar sua pessoa na mesma proporção, e até mais, se possível. Pensar nela como uma humana tola era bem mais fácil do que pensar em seu corpo nu e quente, molhado e pronto para mim, como se apenas eu fosse capaz de causar tais sensações nela. Não conseguia tirar seu gosto da minha língua também, nem seu cheiro doce e forte de cereja da porra dos meus lençóis. Era uma mulher fatal, que não media esforços ao jogar com tudo que tinha para foder minha cabeça.

Mesmo assim… mesmo assim eu me encontrava numa luta interna para tentar esquecê-la. Apenas por algum momento, apenas naquele momento; ou acabaria perdendo a compostura.

A campainha tocou e fui puxado de volta para o mundo real, me fazendo xingar por ter que levantar da cama, a contragosto, e descer para atender a porta. Por sorte, havia a tal da super velocidade que me proporciona uma ótima experiência e poucos esforços, me permitindo surgir diante da porta da frente em poucos segundos.

Dark Wish (Série Dark #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora