|ESTA OBRA É UM DARK ROMANCE|
Asen só almejava uma coisa ao finalmente conquistar sua liberdade: vingança.
Um propósito; um plano; uma prioridade.
Ele só não esperava conhecê-la; e nem que isso mudaria cada um de seus maiores objetivos.
Um vampir...
Gritando, enganando e sangrando por você E ainda assim você não vai me ouvir afundando Eu não quero sua mão, desta vez eu me salvo sozinha
GOING UNDER;Evanescence
• HAZEL ALLEN
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Duas semanas haviam se passado após a partida de Asen, e não tinha notícias dele desde então.
Era como se ele não existisse.
Embora eu não o suportasse e minha vida tenha virado um desastre ambulante depois da sua chegada, odiava admitir que Asen ocupava a minha mente a maior parte do tempo. Era inevitável, mesmo que eu tentasse não fazê-lo, ele sempre surgia à minha cabeça.
Eu não sentia a falta dele, — era o que eu tentava me convencer — era apenas a sua ausência que era muito perceptível.
De qualquer forma, uma parte de mim estava feliz por sua ida, uma vez que não teria mais que lidar com ele. Asen tentou me matar, embora sua ajuda tenha sido válida, não anula o que o mesmo tentou fazer. E não posso simplesmente fingir que não aconteceu — ele é um vampiro, sua sede por sangue é incontrolável, e ele não mediu esforços para tentar acabar comigo quando teve a chance.
Então, sim, estou feliz com sua ausência — apenas sinto que não estou satisfeita.
E odeio essa sensação.
Não havia conseguido dormir muito esta noite, ou em nenhuma outra dessa semana, então não era nenhuma novidade. Apenas me arrastei para fora da cama e fiz a mesma rotina cansativa de sempre, esperando o momento em que Richard bateria à porta me chamando para descer.
Não demorou muito.
— Hazel? — sua voz me assustou, me tirando do transe — Estou descendo para tomar café, você vem?
— Estou indo — falei, me levantando a contragosto.
Esperei que ele se distanciasse, para tomar coragem e descer também. Não estava com fome, sinceramente, eu não estava com nada esses últimos dias, apenas existindo e respirando. Gostaria de saber o que me afetava, se era a partida de Asen, ou se os meus poderes recentemente manifestados que estavam acabando comigo.
Quebrei o vidro de três carros semana passada enquanto caminhava despreocupadamente. O que causou isso? Eu não sei. Talvez Asen tenha se enganado ao dizer que eu não era uma bruxa legítima, ou talvez meu clã queira brincar comigo. Eu não estava conseguindo controlar, mas não sabia para quem pedir ajuda.
Aliás, eu sei, e eu irei hoje.
Desci as escadas devagar, encontrando meu irmão sentado à mesa sozinho.
— Cadê a mamãe? — Indaguei, me sentando de frente para ele.
— Foi pro trabalho mais cedo — disse, dando uma garfada nas suas panquecas.
