Capítulo 58

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Oh, você está em minhas veias
E eu não consigo te tirar
Oh, você é tudo que eu sinto
À noite, dentro da minha boca

IN MY VEINS; Andrew Belle

ASEN KONAN

Os dias passaram em uma velocidade impressionante, além de uma quietude bastante suspeita

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Os dias passaram em uma velocidade impressionante, além de uma quietude bastante suspeita. Nada aconteceu depois que escapamos daquele esgoto em Los Angeles, o que nos leva a considerar duas hipóteses: ou não sabem que escapamos, ou já esperavam por isso.

Melhor dizendo: eles contavam com isso.

Se for o caso, de uma coisa eu tenho certeza: estamos ferrados.

Conheço Dominic por tempo suficiente para afirmar que ele não faz nada por acaso; há sempre um motivo sujo por trás. Era quem ele era, maligno e imundo, sem alma, não havia nada a ser salvo dentro dele. Tudo que ele fazia, era por prazer, não precisava de justificativas; era apenas ele, se deliciando com as atrocidades que fazia porque sentia uma satisfação imensa fazendo isso.

Era por isso que deveríamos tomar cuidado. Eu sabia, mais do que ninguém, do que ele e seu clã eram capazes. Ele não medirá esforços para atingir quem eu amo, porque ele sempre mexe onde mais dói, e não tem misericórdia. Se eu não fosse esperto, acabaria perdendo mais do que ele já me tirou, e isso incluía Hazel.

Principalmente Hazel.

Ninguém do clã Sparks deu notícias até então, nenhum membro foi visto desde que deixamos Los Angeles há quase uma semana. O que significa que, se estão em silêncio, estão tramando. E se estão tramando, alguém vai se machucar, e eu não posso, de maneira alguma, permitir que isso aconteça.

Desde que recuperei a memória, as coisas parecem mais claras, como se todas as lacunas em minha mente tivessem sido preenchidas uma por uma.

Perder parte da minha memória foi insuportável, mas não se lembrar de Hazel, mesmo que por alguns dias, foi como presenciar o inferno de perto.

E eu não quero nunca sentir aquilo de novo.

Não me desgrudei dela a maior parte da semana, quase mudando meu nome para Sombra De Hazel, como nossos amigos me chamavam quando queriam me tirar do sério. Embora estivessem certos, e fosse um pouco doentio, meu cérebro se recusava a me fazer entender que Hazel precisava de espaço pessoal.

Talvez ela sim, mas eu não.

Eu precisava dela, e apenas dela. Pelo resto da vida, para ser mais exato. Os poucos dias em que passamos afastados, brigando enquanto eu não me lembrava de nós, foram o suficiente para causar um trauma irreversível em minha mente e em mim por inteiro.

Só de imaginar sendo pego outra vez, tendo minhas memórias arrancadas; não se lembrar de Hazel, desperta o mais absoluto pânico dentro de mim. E eu não pagaria para ver, não esperaria que acontecesse de novo. Eu não sairia do lado de Hazel, de hoje em diante.

Dark Wish (Série Dark #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora