Como nós chegamos aqui
se eu costumava te conhecer tão bem?
Como nós chegamos aqui?
Bem, eu acho que eu seiDECODE; Paramore
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HAZEL ALLEN— Não pode se esconder de mim!
Aquele pesadelo havia me despertado outra vez, cada vez mais lúcido, atormentando meus sonhos sempre que eu achava finalmente tê-lo apagado do meu subconsciente. Em contrapartida, ainda não conseguia ver o rosto do meu perseguidor, aquele que parecia empenhado em me destruir das piores formas possíveis.
Ainda conseguia ouvir sua voz em minha cabeça, não conseguia me desprender daquele tom violento e da promessa de morte naquelas palavras. Elas me arranhavam de dentro para fora, como garras afiadas me dilacerando completamente, cavando um buraco em minha alma.
Não sabia do que se tratava aquele pesadelo contínuo que me assombrava há meses, mas quase podia sentir o sujeito à espreita, como se estivesse sempre à minha sombra. Ele estava perto, muito perto, não sabia como podia afirmar isso, mas sentia como se aquilo não fosse apenas um sonho.
De alguma forma, eu sentia que não era.
Nunca havia contado para Asen sobre aqueles pesadelos; sim, ele sabia da existência deles, mas jamais conversamos sobre o que eu via todas as noites em minha mente perturbada.
A vontade de conversar sobre aquilo ainda era distante para mim, e não pude deixar de me sentir insegura com as possíveis perguntas de Asen que muito provavelmente havia percebido minha agitação naquela manhã.
Mas, para a minha surpresa, ao acordar, Asen já não estava mais ao meu lado, deixando apenas o vazio sobre as cobertas frias daquela cama. Apesar disso, uma parte de mim se afundou em alívio ao saber que não teria que lidar com o assunto dos meus pesadelos sombrios.
Me levantei da cama a contragosto, observando de relance o relógio sobre a mesa da cabeceira, e notando que já passavam das oito da manhã. Não haveria aula naquele dia, pois finalmente havia chegado o tão esperado dia do baile de boas vindas. Não entendia o porquê ainda insistirem em tal evento após tantos imprevistos e inúmeros adiamentos, uma vez que as aulas haviam se iniciado há quase dois meses, no entanto, deixei aquele detalhe de lado.
Eu nunca gostei de frequentar os bailes escolares, sejam lá quais fossem, e estaria me preparando para mais uma noite em casa esse ano se não fosse pelo Asen. Devo confessar que uma parte de mim sentia uma onda de animação para fazer as coisas mais imprevisíveis agora que eu tinha um namorado.
Não imaginava que alguém poderia ter tanto poder sobre outra pessoa, como Asen tinha sobre mim, e isso nem sou eu reclamando.
Ao descer as escadas, procurei por um dos pares de olhos azuis que habitavam aquela casa, mas apenas um deles surgiu em meu campo de visão, e ao contrário do azul gélido que eu desejava encontrar, apenas as pedras preciosas e vívidas de Nikolai cruzaram-se com meu olhar.
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Dark Wish (Série Dark #1)
Vampire|ESTA OBRA É UM DARK ROMANCE| Asen só almejava uma coisa ao finalmente conquistar sua liberdade: vingança. Um propósito; um plano; uma prioridade. Ele só não esperava conhecê-la; e nem que isso mudaria cada um de seus maiores objetivos. Um vampir...