Capítulo 52

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Amor, eu não sei o porquê eu tento negar
Quando você aparece todas as noites
Eu digo que quero você, mas é complicado
Tão complicado
Quando dói, mas dói tão bom
Você aceita? Você termina?
Quando dói, mas dói tão bom
Você pode dizer? Você pode dizer isso?
Seu amor é assim

HURTS SO GOOD; Astrid S

HAZEL ALLEN

HURTS SO GOOD; Astrid S•HAZEL ALLEN

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É Halloween.

Uma surpresa e tanto para minha mente aérea que sequer percebeu que as ruas estavam decoradas há dias — incluindo a minha casa —, ou que o fim de outubro havia chegado depois de uma eternidade. Talvez porque nesses últimos trinta e um dias minha vida havia virado de ponta-cabeça tantas vezes que não pude assimilar as normalidades do dia a dia em meio àquele mundo sobrenatural.

A festa da Alicia foi há dois dias atrás, Asen e eu não nos falamos desde então. Acordei tarde demais para sequer ir à escola na manhã de ontem, e hoje, bem, ninguém estava realmente interessado em assistir à aula. A cidade se encontrava em um perfeito caos com todos os preparativos para a noite de hoje, o que sobra para mim também, que agora me encontro decorando abóboras na bancada da cozinha enquanto mamãe cozinha e Richard se mantém entretido em alguma engenhoca de última hora na porta da frente.

— Você está nessa mesma abóbora há duas horas, e como eu sei que você é habilidosa com isso, só pode estar enrolando. — Mamãe diz do fogão, me olhando com uma sobrancelha arqueada — Por que não está se fantasiando como todos os anos? Não vai sair hoje?

Eu suspiro, soltando a abóbora e limpando as mãos com o papel toalha, me dando por vencida.

— Não estou muito no clima — Confesso — Eu nem percebi que o Halloween já havia chegado. Eu devo estar em outro mundo.

— Estou vendo — ela se aproxima da bancada — Não vi o Asen desde aquela noite, vocês brigaram?

Não respondo, o que já é resposta suficiente para minha mãe.

— Ele é… complicado — Digo, suspirando.

— Em que sentido?

— É impulsivo, faz coisas sem pensar, e nem sempre me dá ouvidos. — Passo a mão no rosto, exausta.

— Ele te prejudica de alguma forma? — Pergunta, e eu franzo o cenho — Eu não sei o motivo pelo qual ele foi embora da última vez, ou se houve algum motivo por trás disso. Mas isso te machucou, e como mãe eu não a quero machucada. No entanto, eu vejo como olha para ele, e se olha dessa forma, algo me diz que ele não é uma pessoa ruim.

Dark Wish (Série Dark #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora