»nineteen«

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maratona 2/3
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Vinnie

Chego em frente ao lugar em que Katy supostamente está internada, vamos ver mesmo.
Pelo que descobri ela tem Alzheimer e está internada aqui, nesta clínica.

- bom dia, posso ajudar?.- a recepcionista pergunta.

- bom dia o caralho, Katy Mary.

- a sim, por acaso você é algum parente?.

- preciso ser?.

- sim.

- sou o genro dela.- dou uma risada fraca, isso é tão... irônico.

- se é o genro, provavelmente ela tem um ou uma filha ou filho. Certo?.

- talvez essa velha ordinária tenha feito alguma coisa pra filha dela perder a memória, e por isso eu tô aqui. A desculpa, quer que eu chame minha esposa de 17 anos?.

- desculpe senhor, mas as visitas são apenas para parentes.

- pode deixa-lo falar com ela.- me viro e vejo uma mulher, provavelmente alguma enfermeira.

- quem seria você?.- pergunto para a mulher.

- você deve ser o detetive Kalibre.

- puta merda...é sou eu!.- estranho.

- conheço o caso de S/n Mary e o caso de Katy Mary, por isso sei quem é o senhor.

- há claro.

- então veio a trabalho, não?.

- sim vim sim, posso falar com Katy Mary?. Tenho muitas perguntas, claro!, Bem profissionais.- por quê eu disse isso?. Idiota.

- claro me acompanhe!.- sigo a moça.

....

Sigo a moça mais velha até uma sala clara.
Umas pessoas Jovens e algumas mais velhas, algumas jogando xadrez e alguns andando por aí. Em todo o canto havia enfermeiros para acompanhar cada movimento dos pacientes.

Depois de ficar passando o olho para a sala toda e chegar ao canto do lado esquerdo, vejo a filha da puta sentada no chão.
Resolvo me aproximar dela.

- Katy Mary?.- paro na frente da mesma e ela apenas me ignora, continuando a desenhar.- velha crente do rabo quente?!.- ignorado novamente.

- ela não fala nada com ninguém há dias.- uma outra enfermeira mais jovem loira...chega de detalhes. Uma enfermeira aparece atrás de mim.

- qual o caso dela?.- a pergunto.

- uma mulher internou ela aqui.

- mulher?. Que mulher?.

- não sei, desculpe.

- você chegou a ver a mulher?.

- não senhor.

- me chame de Detetive Kalibre.- sério, que sobrenome ridículo para falar pra uma gata dessa.- desculpe meu nome é ridículo.

- posso te chamar pelo primeiro então?.- ela abre um sorriso e me olha de baixo pra cima.

- não. Eu só quero saber sobre a mulher que a internou aqui.

- eu já disse que não sei de nada.

- você não é convincente.

- quer que eu te mostre o que é ser convincente?.- ela se aproxima de mim com uma feição seria. Levanto minha mão esquerda para ela ver minha aliança.

- eu gostaria de falar com sua superior sobre o caso da Katy, e não sobre você.

- isso foi um fora, detetive?.- a moçinha, não faça isso.

- sim, isso foi um fora. Espero não te ver mais, tenha um bom dia.- saio dali e procuro a primeira enfermeira que me atendeu.- com licença!.- chamo a mulher ao avista-la.

- sim, detetive.

- por que não me disse que Katy está sem conversar há dias?.

- desculpe eu não fico com os pacientes, eu só cuido da clínica.

- então se você cuida da clínica, suponho que você saiba quem a internou aqui.

- sim sei, foi uma mulher.

- nome?.

- vou ver no formulário dela, com licença.- ela vai para o outro lado do balcão e começa a procurar algo.- aqui achei!.- ela lê os papéis em sua mão.- achei o nome da moça que a internou.

- qual o nome?.

- S/n Hacker.

continue...

𝙢𝙞𝙨𝙨 𝙮𝙤𝙪 || 𝙫𝙞𝙣𝙣𝙞𝙚 𝙝𝙖𝙘𝙠𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora