-12-

444 30 2
                                    


SOPHIA GONÇALVES

Acordei com a claridade entrando na barraca, o Felipe ainda dormia do meu lado, fiquei com pena de acordá-lo, mas estava com fome. Comecei a beijar as suas costas nuas e acariciar seus cabelos, aos poucos seus olhos começaram a abrir e Felipe resmungou alguma coisa.

— Bora acordar, tô com fome!— ele esfregou os olhos e riu.

— Bom dia pra você também — me puxou pela cintura e beijou o meu pescoço.

— Não é pra tu dormir de novo — cutuquei ele que resmungou. — Vamos levantar!

Ele reclamou e nós levantamos, eu coloquei a minha roupa e nós guardamos tudo e desmontamos a barraca. Quando terminamos entregamos as coisas da Mari e fomos para a lanchonete, encontramos a Rafa, Ana, Gabi, Igor e Bárbara lá.

— Bom dia!— Felipe falou e todos responderam juntos.

— Não vi você ontem de noite!— Bárbara diz.

— Ah, eu e a Sophia fomos acampar.

— Que legal! — eu dei um sorriso amarelo e pedi um misto quente e café. O resto da galera chegou e nós ficamos conversando enquanto tomávamos café.

— Ai tô tão ansiosa para essa festa — Rafa falou.

— Nem me fale, pelo jeito vai bombar, não para de chegar gente no acampamento.— Livia disse e eu concordei.

— Tô doida pra colocar o meu look— Gabi jogou o cabelo para trás.

— E você, Bárbara, conseguiu arrumar uma fantasia?— Ana pergunta.

— Eu andei pesquisando algumas coisas, até a noite eu consigo.

— Mores, vou indo, tenho que ir em um lugar. — falei me levantando.— Depois encontro vocês!

— Vai onde, doida?— Pedro perguntou.

— Ver o Tornado!

Já tinha saído da lanchonete quando o Felipe veio correndo atrás de mim e puxou o meu braço.

— Espera, vou com você!— eu sorri.

Felipe entrelaçou nossos dedos e fomos andando assim até o estábulo, Chico estava na baía do Tornado escovando o pelo dele.

— Precisando de uma ajudinha aí?— falei me apoiando na cerca.

— E aí, Sophia. Oi, Felipe — Chico sorriu pra nós, eu entrei na baía e Chico me deu uma escova. — Estão aproveitando o acampamento?

— Muito, não tem como ficar entediado nesse lugar.— Felipe diz e eu concordei, eu passava a escova na crina do Tornado.

— Vocês vão na festa hoje à noite? — Chico perguntou.

— Claro, acha mesmo que eu ia perder. — ele riu.

— Até eu vou, levar a dona.— Chico sorriu todo bobo.

— Que dona? Tem mulher na área, é?

— Ih, só vai saber na festa.

— Ah Chico, vai me deixar curiosa mesmo?

— Só um pouquinho — nós rimos.

— Chico, tem algum cavalo aí para eu e a Sophia dar uma volta?— Felipe perguntou.

— Claro que tem, arrumo agora pra vocês.

— Deixa eu levar o Tornado?— pedi com a maior cara de piedade.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora