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SOPHIA GONÇALVES

O dia da choppada da faculdade chegou e tava todo mundo ansioso. Rafaela falava sem parar na minha cabeça enquanto nós nos arrumávamos, ela tinha vindo aqui pra casa para se arrumar aqui e depois irmos juntas para a choppada.

— Meu Deus, mas você não para um segundo!— digo e ela ri.

— Ai amiga, deixa de ser chata, só tô te contando do boy que eu saí. Fala sério, você também achou ele um babaca?

— Primeiro que eu nem teria saído com ele, tava óbvio que ele não prestava, eu te falei do histórico dele.

— Eu sei, Sophia. Ah, mas tá bom, bebi horrores nas custas dele — falou e nós rimos. — Tu gostou dessa roupa? Tô achando meio sem graça.

Ela estava com um short jeans e um cropped ciganinha branco.

— Tá nada, tá gata! — ela sorriu e foi até a minha gaveta pegando um cinto.— É pra devolver, tá? Porque você é muito bonita, pega as minhas coisas e não me devolve.

— Mentira!

— Mentira nada, Rafaela, tu pegou aquele meu short branco emprestado e até hoje não me devolveu, cria vergonha na cara.— ela riu.

Mostrei pra ela a roupa que eu iria a mesma mostrou o polegar confirmando, vesti o body de renda e um short jeans, calcei um tênis preto mesmo. Fiz um reboco na cara, fiz um delineado e passei rímel.

— Tô pronta!— disse quando terminei, a Rafa ainda estava na frente do espelho se maquiando.

— Vê ai quanto tá dando o uber!— falou e eu concordei.

Esperei ela terminar e chamei o uber, não demorou muito pra chegar, a choppada ia rolar em uma granja que a galera alugou. Quando chegamos a Rafa foi cumprimentar um amigo dela que estava na organização, ele estava na porta olhando a identidade e a pulseirinha da festa. A casa já estava o maior furdunço, tinha gente dançando, pulando na piscina e muita gente se pegando.

— Vamos procurar o bonde — falei no ouvido da Rafa por conta da música alta, ela só concordou com a cabeça e demos um voltinha no local, nada de acharmos eles, mais um perdido com sucesso.

— Não vou ficar procurando ninguém não — Rafa reclamou.— Eles sabem que estamos aqui, uma hora ou outra vamos trombar com todo mundo, então pronto.

— Então vamos pegar uma bebida!— ela tomou na hora.

Eu peguei uma caipirinha de lei, o funk já rolava solto no último volume, nós nos metemos no meio de umas pessoas que dançavam.

— E aí, gatonas — me virei e vi o Nicolas sorrindo pra gente.

— Nick!— o abracei.

Eu o soltei e ele abraçou a Rafa, Nick estudava com a gente, ele era um dos organizadores do evento.

— Meu senhor, que tanto de homem gato — Rafa diz e o Nick concorda e mostra o cara que ele tava de rolo.

— E essa gente toda, geral da facul ou tem gente de fora também? — perguntei.

— Chamei geral, pra ter carne nova no pedaço.— nós rimos.

— Dessa vez você arrasou no rolê, estou surpresa.— Rafa diz.

— Aprende com o pai — se exibiu e eu ri. — Tem que fortalecer o rolê do pobre estudante.

— Certíssimo!

— E bofe, tá onde?— Nick perguntou.

— Por ai, não achamos ele.

— Gato daquele jeito eu não desgrudava.— eu ri. — Mas falando em gato, o novato é um gostoso, né não?

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora