FELIPE WERNECKO domingão estava a própria preguiça, depois de acordar e ficar enrolando na cama eu tive levantar. Depois de ir ao banheiro e escovar os dentes, fiz ovos mexidos e café.
Resolvi colocar uma roupa para lavar na máquina enquanto eu dava uma arrumada no apê. Quando acabei tomei um banho e decidi ir para a casa dos meus pais, eles sempre falavam para mim aparecer lá, e essa semana foi um correria doida.
Peguei as chaves do carro e tranquei a porta antes de descer até o estacionamento, entrei no carro e liguei o som. A casa dos meus pais não ficava longe e o trânsito até que estava tranquilo, em 15 minutos eu cheguei.
Eu ainda tinha a chave da casa, então eu entrei e vi a Valentina na sala com uma cara de assustada.
— Que susto, Felipe!— resmungou. — Achei que era alguém entrando na casa.
— Achou que era algum assaltante? Entrando pela porta da frente e com chave.— eu ri e ela revirou os olhos.
— O que você está fazendo aqui?
— Nossa, esse é o jeito de me receber em casa? Achei que estava com saudade de mim.
— E estou, mas você apareceu do nada. — ela disse e voltou a atenção para o celular.
— Cadê a mãe e o pai?
— A mamãe tá na cozinha e o papai está lá em cima.— Valentina disse e eu fui até a cozinha, minha mãe estava na cortando alguns legumes e controlando alguma música que eu não conhecia. Eu a abracei por trás e ela assustou, mas depois que viu que era eu sorriu.
— Oi, meu filho, que surpresa!— dei um beijo na bochecha dela e me afastei.
— O que você tá fazendo de bom aí? Quer ajuda?
— Só um arroz, feijão, bife e uma salada de legumes. — ela falou.— Por que não me falou que vinha? Eu teria feito alguma coisa que você gosta.
— Qualquer coisa pra mim tá bom. — eu me encostei na pia. — Cadê o meu pai?
— Tá lá em cima, de ressaca.— ela riu.
— Ressaca? Por quê?
— Nós fomos na festa de noivado do Ricardo e da Débora, seu pai bebeu mais do que devia e agora tá aí reclamando de dor de cabeça.
— E como foi a festa?— perguntei.
— Foi muito boa, tava bem bonita. — Ela disse remexendo nas panelas.— Ah, acredita que eu vi a Sophia lá?
— A Sophia?— eu estranhei.— Ela deve ter ido por causa do estágio, o Ricardo é patrão dela.
— O filho do Ricardo também estava lá, o Lucca. Ele e a Sophia me pareceram bem próximos.
Minha mãe começou a contar mais detalhes da festa, mas eu só conseguia pensar no Lucca e na Sophia juntos.
— Oi, filho — meu pai falou entrando na cozinha. — Não sabia que você ia vir pra cá hoje.
— Resolvi fazer uma surpresa. — eu sorri.— E a ressaca, tá braba!
— Ô — eu tu da careta que ele fez.— Fazia tempo que não bebia, deu nisso.
— Mãe — a Valentina falou entrando na cozinha.— A gente pode comer sorvete hoje?
— Aqui não tem sorvete, querida, acabou.
— A gente pode ir comprar.— eu pisquei para a Valentina e ela sorriu.
— Tá, mas vão rápido, o almoço já está quase pronto. — minha mãe disse.

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Ironias do Destino II
JugendliteraturTrês anos depois somos levados de volta para à vida de Sophia e Felipe, mais velhos e mais maduros. Eles tentam conciliar as responsabilidades que chegam com a idade e o relacionamento. •Segundo livro de Ironias do Destino