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SOPHIA GONÇALVES

No dia seguinte eu cheguei atrasada na faculdade, quando entrei na sala o professor já estava lá, pedi desculpas e fui me sentar perto da Rafa. Logo depois a aula é interrompida outra vez, Lucca entra atraindo a atenção de todo mundo, principalmente das garotas que babavam nele, seu olhar encontrou o meu por uns segundos, ele se sentou em uma carteira vazia duas fileiras depois da minha.

— O que foi isso?— Rafa sussurrou se virando um pouco para me olhar.

— Isso o que?

— O bonitinho te olhando.

— Ai, Rafa, tu nem vai acreditar — ela me olhou com uma cara de "desembucha logo".— O Lucca é filho do dono do escritório que eu vou trabalhar.

— Mentira!

— Já não basta ter que aturar a sua grosseria aqui, agora vou ter que aturar no estágio também. O pior de tudo é que eu não posso nem reclamar, ele é o filho do dono e eu sou só uma estagiária.

— Nem deve ser tudo isso.— ela diz e eu reviro os olhos.— Se não quiser pode jogar na minha mão. — deu um sorriso malicioso.

— Pode ficar todinho pra você! — ela riu e se virou para frente.

No final da aula, eu e a Rafa fomos encontrar o pessoal, como sempre o fofoqueiro do Pedro tava falando do B.O que rolou na turma dele.

— Essa garota não desgruda?— sussurro para a Rafa olhando a Bárbara próxima do Felipe. — Para de contar fofoca, Pedro — falei quando nos aproximamos.

— Tô edificando a vida — ele riu.

— Oi, minha linda!— Felipe me abraçou por trás e beijou a minha bochecha.

— O almoço ainda tá de pé?— perguntei e ele confirmou com a cabeça.

— Ai gente, tão sabendo que vai rolar uma choppada da faculdade? — Gabi perguntou.

— Ouvi um trem desse mesmo, eu não perco por nada. Cheia de universitária gostosa — Vinícius riu e fez um toque com o Pedro.

— Ai não sei se eu tô no pique não — Livia fez uma careta.

— Ah, qual é, Livinha? Vai furar assim? — Igor falou.

— Meu amor, ultimamente tô preferindo minha cama e paz.

— Que paz o que? Paz a gente tem quando morre.— Ana diz e nós rimos.

— Eu não sei você, mas eu vou — Matheus disse fazendo a Livia fechar a cara.

— Mores, o papo tá bom mas eu ainda tenho que ralar hoje.— eu digo.— Vamos, amor?

— Vamos!— Felipe disse passando o braço ao redor do meu pescoço.— Tchauzinho, galera!

— Nem vai rolar aquela caroninha pro trampo, né?— Bárbara perguntou fazendo bico.

— Po, foi mal, Babi, combinei de almoçar com a Sophia. — Felipe disse.

— De boa!— Bárbara falou e abriu um sorrisinho pra mim. Falsa! Sonsa!

Nem me despedir direito do povo, está com raiva daquela folgada.

— Nem vai rolar aquela caroninha, né?— falei imitando a voz enjoada da Bárbara.— Garota folgada!

Felipe só riu pelo nariz e nós entramos no carro, fomos em um restaurante próximo da faculdade mesmo, fizemos nossos pedidos que não demorou para chegar.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora