SOPHIA GONÇALVESÀ noite íamos todos para a fogueira, eu coloquei um short jeans e um moletom do Felipe que ficava comprido em mim, fomos juntos encontrar o resto do pessoal.
Felipe foi até os meninos e eu fui até a Rafa e a Ana Clara que atacavam o churrasco.
— E aí, esfomeadas — disse e peguei um pão de alho.
— Chegou mais uma pra completar o bonde.— Ana diz.
— A Gabi e o tal de Lucas se deram bem mesmo, né?— digo olhando para os dois sentadas perto da fogueira conversando e rindo.
— Pelo menos uma de nós tinha que arrumar um boyzinho — Rafa falou.
— Ah Rafaela, vai me dizer que você não pegou ninguém na festa?— perguntei rindo e nesse momento chegou o Pedro e o Vinícius, Pedro bagunçou o meu cabelo e passou o braço ao redor do meu pescoço.
— Não — Rafa falou e eu notei a troca de olhares que rolou entre ela e o Vinícius. Ai tem coisa!
— E tu, baixinha, se resolveu com o Felipe?— Vinícius perguntou me olhando.
— É até que sim, mas eu continuo não gostando dessa Bárbara, não confio nessa guria.
— Po, a mina é mó da hora, eu não acho que ela tá dando moral pra Felipe.— Pedro falou e eu dei um empurrãozinho nele com o cotovelo.
— Não defende ela na minha frente. — eu digo e Ana Clara ri. — E a cervejinha, gente?
— Vou buscar agora, patroa — Pedro falou e eu ri.
Um tempo depois o Pedro voltou com a cerveja, o Felipe veio pra perto de mim e ficamos todos conversando. Eu tinha prometido para o Felipe que iria tentar me aproximar da Bárbara, mas era simplesmente impossível, toda vez que ela abria a boca meus olhos reviravam involuntariamente, a garota era uma metida e se achava a sabichona.
Mas eu tentei não me estressar com isso, hoje era a nossa última noite no acampamento e eu estava afim de curtir esses últimos momentos já que amanhã iríamos embora cedo. Confesso que o meu coraçãozinho já estava apertado, eu adoro esse lugar e simplesmente amo essa calmaria e paz.
A Mari chamou a gente para sentar em volta da fogueira, ela entregou um violão para um guri que começou a cantar um música que eu não conhecia, mas a voz dele era muito foda.
O violão continuou rodando, quando chegou a minha vez eu cantei Malandragem da Cássia Eller. O Felipe foi o próximo, ele cantou Velha Infância, eu amava tanto essa música, eu e o Felipe sempre dizíamos que essa era a nossa música, por nós cantamos ela juntos da primeira vez que viemos aqui.
— Tu canta bem, cabeça de alga — Bárbara diz se sentando ao lado do Felipe.
— Valeu!
— Você também canta muito bem, Sophia!— ela diz e eu dou um sorriso amarelo.— Querem cerveja?
— Óbvio — Felipe respondeu e a Bárbara encheu nossos copos.
— Nunca pensou em ser cantora? Como uma voz dessa tenho certeza que conseguiria.— ela falou.
Tá, ela estava tentando puxar assunto e eu falei para o Felipe que iria tentar.
— Todo mundo fala isso, eu amo cantar, mas vejo só como um hobby mesmo.
— O Direito falou mais alto — ela sorriu e eu concordei.
— O Direito sempre foi o meu sonho.
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Ironias do Destino II
Roman pour AdolescentsTrês anos depois somos levados de volta para à vida de Sophia e Felipe, mais velhos e mais maduros. Eles tentam conciliar as responsabilidades que chegam com a idade e o relacionamento. •Segundo livro de Ironias do Destino