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SOPHIA GONÇALVES

Eu e as meninas tínhamos combinado de ir em uma boate hoje a noite, eu tinha acabado de sair do banho, vesti a roupa que tinha separado, uma saia branca com um cropped prata com paetês. Fiz um reboco daqueles, passei um delineador e colei cílios postiços, passei um batom vermelho e arrumei o cabelo, fiz uns cachos com a chapinha. Calcei um salto nude e peguei uma bolsa da mesma cor, coloquei a carteira, o celular e o batom.

Meus pais estavam na sala assistindo televisão e comendo pizza, eu parei na frente deles e dei uma voltinha para verem o look.

— Tá bom?

— Muito decotado — meu pai falou.

— Tá linda, filha.— minha mãe diz. — Quem vai com você?

— Ana, Rafa e a Gabi.

— Tá bom, aproveita!

— O uber já tá chegando. Beijo!— mandei um beijo para eles e sai.

Cerca de 20 minutos depois o Uber me deixou em frente a boate, já se podia ver a movimentação do lado de fora. Eu sai do carro e olhei em volta buscando as meninas, mandei uma mensagem no grupo avisando que já tinha chegado. Um tempo depois vejo a Rafa e a Ana Clara se aproximando.

— Uau, tá toda gata — Ana diz e eu sorrio.

— Sempre tô, meu amor.— me gabo.— Mas vocês capricharam também, hein.

— Claro, cheio de boy gato.— Rafa riu.

— E o seu boy?— falo e ela joga o cabelo para trás e ri.

— Ah, não nasci gruda em macho não, ele não tá aqui, tô livre e desimpedida. — eu ri dela.

— E que boy é esse, Rafaela?— Ana perguntou.

— O Vinicius. Cê não sabe, não?— eu digo e Ana arregala os olhos, Rafa faz uma careta para mim.

— Que história é essa, rapariga?— olhou para a Rafa.

— Tu é uma bocuda mesmo, né Sophia.

— Sorry, achei que ela já sabia.

— Então tu tava escondendo de mim. É uma vagabunda mesmo.— Ana falou.

— Ah meu amor, não contei porque não tinha nada para contar mesmo. Tamo só ficando mesmo, nada sério.

— Tá certo, fica as duas ai escondendo as coisas de mim, duas putas.

— Fica não raiva não, Clarinha, eu só sei porque vi os dois no ato. — digo.

— Olha a Gabi ali — Rafa apontou para a Gabi, que vinha toda abafada não nossa direção. — Que demora, mulher!

— Mores, foi uma luta conseguir um uber, Jesus!

— E a Livia? Não vem mesmo?— pergunto e a Gabi nega.

— Disse que não tava a fim, tá lá em casa com o Matheus.

— Normal, né?— Rafa diz e eu rio.

— E aí, vamos entrar logo ou vamos ficar morcegando aqui fora?— Ana pergunta.

— Bora, gata, quero botar a raba pra jogo!— Gabi falou e eu concordei.

Nós fomos até a entrada e pegamos nossas pulseiras, a Gabi tinha o contado de um pessoal e conseguiu colocar nosso nome na lista amiga. A boate estava lotada, tocava uma música alta e algumas pessoas dançavam na pista de dança, Rafa agarrou a minha mão e me puxou até o bar, Ana e a Gabi vieram atrás.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora