SOPHIA GONÇALVESEu estava dançando com as meninas, sambando e cantando juntos com os caras. Mas quando começou a tocar umas músicas que eu não conhecia fiquei mais na minha, tomei a minha cerveja que já estava quase dando dengue no meu copo e olhei em volta.
Meus olhos pousaram no Lucca junto com o Felipe, por um momento passou pela minha cabeça que os dois pudessem estar brigando ou discutindo, mas então vi eles rirem, o que foi ainda mais estranho.
— O que foi que tu tá parada aí igual um poste?— A Rafa falou.
— Olha lá, o Felipe e o Lucca juntos.— eu apontei e a mesma procurou os dois.
— Mas tu é uma safada mesmo né, Sophia? Pegando os dois.— ela riu.
— Eu não estou pegando os dois.— protestei.
— Relaxa, amor, não tem problema nenhum, tem mais é que pegar mesmo, dois gostosos.
— Quem?— é só falar em macho que a Gabi aparece.
— A Sophia pegando o Lucca e o Felipe.— Rafa contou e eu revirei os olhos.
— O que será que eles estão conversando?— pergunto mordendo o lábio.
Eu fiquei enchendo a cabeça do Lucca, falando que ele precisava conversar com o Felipe, e agora, vendo os dois juntos, percebi que eu me meti em uma encrenca daquelas.
— A não ser que você queria dar uma de dona Flor e seus dois maridos, você precisa dar um jeito de parar de enrolar os dois. — Rafa fala.
— Também acho! — Ana concordou.
— Eu não estou enrolando ninguém, tá legal? — bufei, virei o resto da minha cerveja, vi o Felipe se afastar e ir buscar mais bebida, aproveitei para ir falar com o Lucca. — Você e o Felipe estavam conversando?
— É, a gente tava.— ele deu um meio sorriso.
— E o que vocês conversaram?
— Sobre aquele rolo com a Cecília, falamos de algumas coisas do passado.
— É? E o que mais?
— E falamos sobre o quanto você é curiosa, teimosa e mandona.— ele riu e eu revirei os olhos.— Tu fica linda quando faz esse biquinho, sabia, angel?
— É? Eu fico linda sempre.— eu rio.
— Agora vai ficar se achando.— ele riu também.
A mão do Lucca estava na minha cintura, segurando com firmeza, seus olhos escuros me encaravam e céus, ele tava lindo que chegava a doer. Com aquela cara mal lavada com um sorriso malicioso depois de olhar para a minha boca. Eu levei a minha mão para a sua nuca trazendo seu rosto para mais perto do meu e o beijei.
A língua dele brincava com a minha devagar e, vez ou outra, ele mordiscava meu lábio na mesma intensidade. Minhas mãos brincavam com os fios curtos de seu cabelo e eu acabei arranhando um pouco a sua nuca, o que fez com que ele me agarrasse com mais veemência e colasse ainda mais os nossos corpos. Eu mordisquei seu lábio seu lábio inferior e o puxei pra partir o beijo e dar alguns selinhos em sua boca, mas os selinhos se transformaram em mais alguns beijos.
Eu interrompi o beijo, mas continuávamos próximos, tava tocando um pagodinho e eu comecei a cantar baixinho, o Lucca abraçava a minha cintura e naquele momento foi como se nada em volta importasse.
FELIPE WERNECK
Eu estava aliviado por ter conversado com o Lucca e ter esclarecido toda essa situação. Era como tirar um peso das minhas costas que eu nem sabia que existia, que eu pensava já ter encerrado. Mas agora poderia ficar em paz sabendo que o Lucca sabe a verdade, que poderíamos finalmente passar uma borracha por cima disso e seguir em frente.
![](https://img.wattpad.com/cover/273139918-288-k350258.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ironias do Destino II
Ficção AdolescenteTrês anos depois somos levados de volta para à vida de Sophia e Felipe, mais velhos e mais maduros. Eles tentam conciliar as responsabilidades que chegam com a idade e o relacionamento. •Segundo livro de Ironias do Destino