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SOPHIA GONÇALVES

Nós ficamos a tarde inteira na praia, jogando futvôlei, bebendo e falando besteira, depois do pôr do sol continuamos ali na beirada do mar, já estava todo mundo meio alto por conta das cervejas que tomamos.

Minha barriga estava até doendo de tanto rir do Guto e o Vinícius ensinando a Rafa e a Sol a virarem estrelinha.

— Vamos na água?— pergunto para o Felipe.

— Agora? Já tá tarde!

— E daí? Vamos!— levantei de uma só vez e peguei na sua mão, ele concordou e se levantou.

A água estava mais quentinha agora que a noite já tinha caído, eu mergulhei por baixo de uma onda, o Felipe veio atrás e me puxou pela cintura para ficar perto dele.

— Eu conversei com o Lucca. — comentei.

— E como foi?

— Foi meio estranho, mas parece que agora as coisas voltaram ao normal entre a gente.— joguei o cabelo molhado para trás.— Não queria perder a nossa amizade, entende?

— Sim, foi bom você ter conversado com ele. Eu e o Lucca acabamos de nos resolver e não quero que fique uma coisa chata.

— Nem eu!

Eu passei os braços ao redor do seu pescoço e beijei o canto da sua boca até tocar os seus lábios. Ele mais do que depressa enfiou as mãos no meu cabelo e me beijou, sua língua quente brincava com a minha.

— Saudade de você — sussurrou com a boca próxima da minha.

— Eu também estava!— segurei o seu queixo e dei alguns selinhos em sua boca, mordi a sua bochecha e ele me xingou.— Para, nem doeu!

Eu ri.

— Minha vez então!— eu virei o rosto e ele me jogou água, pulei em seu colo, cruzando as minhas pernas em seu quadril.— Desse jeito cai nós dois!

— Ninguém mandou começar!

— Nhenhe — eu revirei os olhos e ele segurou meu rosto para me beijar.

Ficamos mais um pouco na água, implicando um com o outro e trocando beijos, quando voltamos a Maya estava com um violão no colo.

— De onde surgiu isso?— perguntei.

— O Cadu trouxe pra gente fazer um som!

— Hum, gostei! — eu puxei a minha canga e me sentei nela, o Felipe se sentou ao meu lado. Eu cruzei os braços sentindo um friozinho por estar com o corpo molhado.

— Eu te falei sobre entrar na água a noite.— Felipe diz e eu revirei os olhos.

— Nem tô sentindo muito frio!

— Eu falei pra eles que a gente deveria acender uma fogueira.— Cadu diz e eu começo a dar risada.

— Um fogueira? Do nada? Que papo de bêbado!

— Eu tô falando sério!— Cadu falou e riu.— Tem marshmellos lá em casa.

— Eu amo!— Gabi diz.— Vai lá buscar, vai!

— Tá mandona demais, hein!— ele disse e se aproxima para dar um beijinho nela.

Os meninos entraram na pilha e pegaram alguns gravetos para fazer a fogueira. No final ficamos todos em um círculo em volta do fogo assando marshmello e enchendo a cara de cerveja, o violão que o Cadu trouxe ia rodando. Eu estava boquiaberta com a voz da Giovanna cantando, a Maya também cantava super bem.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora