RAFAELA SANTINIDepois que a noite caiu e a bebida começou a fazer efeito, a galera começou a ficar mais animada. Tocava um pagodinho e o meu pé estava coçando pra ir dançar, nem gosto né?
Eu cantava junto com a música e batucava os dedos na perna, morrendo de vontade de levantar e começar a sambar.
— Meus pés tão coçando pra ir dançar — eu digo.
— Vai lá po — Vinícius falou com um sorriso no rosto.
— Bora meninas?— perguntei.
— Eu também tô doida pra mostrar que tenho samba no pé — Gabi diz.
— Sophia? Ana?— a loira topou na hora, já a Sophia disse que ia depois.— Você vem, Livia?
— Eu não, vou é passar vergonha — Livia disse rindo, ela estava sentada no colo do Matheus. — Vai lá você e arrasa por nós duas.
Terminei meu copo de cerveja e puxei a Gabi e a Ana Clara para perto do som, eu não sou nenhuma passista de escola de samba, mas me garantia um pouquinho.
Comecei só de quebradinha com a Ana e a Gabi, umas outras gurias animaram e vieram dançar com a gente, quando vi já tava literalmente no meio das meninas rebolando a tabaca mesmo. Inibição aqui não existe. Cantei junto e sambei pra caralho, depois fiquei só tranquilinha com a Gabi porque a maioria das outras músicas eu não conhecia. Até alguém botar pra tocar um pagofunk, foi o meu momento de ápice também. As meninas intercalavam entre samba com quadradinhos e reboladas e a porra toda, eu só segui elas.
Depois que começou a tocar umas músicas que eu não conhecia, eu, Ana e Gabi voltamos para a mesa. Me sentei no meu lugar me abanando, estava suando horrores.
— Cansei, viu — Ana diz.
— Deu um show, hein — Igor fala puxando ela para o seu colo.
— Até suei!— eu digo me abanando com o guardanapo.
— A gente também suou aqui — Vinícius diz se abanando também, ele deu uma risadinha pra mim.
— Vou pegar uma água!— Gabi falou e se levantou.
— Trás uma cerveja também, maninha — Matheus pediu.
— Deixa de ser um folgado!
— Tu já vai lá, aproveita a viagem!— ele riu e a Gabi revirou os olhos.
— Nem foi dançar com a gente, né vagabunda?— dei um tapa na coxa da Sophia.
— Ah, fiquei aqui trocando ideia com o Pedro.— falou e riu.
— Sei, sonsa!— ela me deu língua.
— Quem quer tequila?— Ana perguntou mostrando a garrafa de tequila que eu dei para ela.
— Arrasou, loira, manda pra cá!— Livia disse.
— Olha só, Livinha querendo encher a cara — Pedro brincou.
— Amor, me ajuda a pegar os copos de shot — Ana disse e o Igor foi ajudar ela, um tempo depois os dois voltaram com os copos e limão, Ana Clara encheu os copos e cada um pegou um.
— Merece até um brinde a aniversariante — eu falei e eles concordaram e ergueram o copo, nós brindamos e viramos a tequila, fiz careta quando chupei o limão e a Livia riu de mim.
— Mores, a gente tem que sair, tem um tempão que não juntamos o bonde todo pra dar uns rolês.— Gabi falou.
— Verdade, Gabizinha, sempre fala de marcar e nunca sai.— Pedro diz.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Ironias do Destino II
Roman pour AdolescentsTrês anos depois somos levados de volta para à vida de Sophia e Felipe, mais velhos e mais maduros. Eles tentam conciliar as responsabilidades que chegam com a idade e o relacionamento. •Segundo livro de Ironias do Destino