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SOPHIA GONÇALVES

A semana seguinte foi uma correria, trabalhei horrores no estágio, fiz algumas petição inicial, tinha um monte de arquivos para organizar e documentos para analisar. O lado bom era que o Dr. Ricardo deixou eu e o Lucca participarmos mais de um caso que ele tinha pegado, mas isso significava que tínhamos que estudar e buscar coisas que pudessem nos ajudar.

Quando a sexta-feira chegou eu já estava um caco depois de ter ralado a semana inteira, estava ansiosa para dar o meu horário de ir embora. A galera tinha animado de ir para um barzinho e tudo que eu precisava era de uma cerveja gelada.

Foi dando a hora de ir embora, eu e o Lucca agilizamos o processo, depois organizamos uns últimos documentos.

— Finalmente o sextou chegou!— eu digo e começo a desligar o computador e a fechar a pasta com alguns arquivos do caso que estávamos trabalhando.

— Glória a Deus!— Lucca diz e eu rio.

Limpo a minha mesa e pego as minhas coisas no armário, o Lucca faz o mesmo, nós saímos juntos. Entramos no elevador e eu solto o meu cabelo que estava preso em um coque, passo os dedos e tento domá-lo.

— E ai, qual é a boa de hoje?— Lucca pergunta.

— Hum, vou em um bar com a galera.— digo e pego o meu celular na bolsa, vejo que tem várias mensagens no nosso grupo do WhatsApp, apenas passo o olho e guardo o celular na bolsa novamente. A porta do elevador abre e nós saímos. — Quer ir com a gente?

— Ah, não. Só vai ter casal e eu não estou a fim de segurar vela. — eu rio.— E também já tenho compromisso, então vamos deixar pra próxima.

— Compromisso, é?— pergunto rindo.

— É.— ele ri.— Sabe aquela guria que fazia uma matéria de processo civil com a gente?

— Qual delas?

— A Hellen!

— Ah, sei quem é. O que tem?

— Bom, a gente tá conversando e vamos sair hoje. — ele contou.

— Sério? Ela é muito bonita, conversei pouco com ela, mas parece ser legal.

— Ela é.— ele sorri.— Melhor eu ir, preciso passar em casa para tomar um banho antes.

— Precisa mesmo!— brinquei.

— Cala a boca!— nós rimos.— Tchau, Sophia!

— Tchau, até segunda, Lopez!

Ele sorri e atravessa a rua. Depois do ano novo, eu e o Lucca estávamos indo bem, nossa amizade tinha voltado ao normal e isso é ótimo, porque eu não aguentava mais aquele clima entre a gente, e eu não suportaria trabalhar com ele desse jeito. Felizmente nós até que estávamos lidando bem com tudo que rolou.

Acabo pedindo um uber para ir em casa, estava sem saco para pegar ônibus e não queria chegar tarde em casa pois ainda teria que me arrumar para sair.

Cheguei em casa e fui direto tomar um banho, fiquei bastante tempo em baixo daquela água quente, era como uma terapia. Estava secando o meu cabelo quando o Felipe falou que estava vindo me buscar, então precisei acelerar.

Comecei fazendo a maquiagem, passei um reboco daquele, fiz um delineado que por graça divina ficou bom, caprichei no rímel e passei um batom vermelho. Ouvi a voz do Felipe falando com os meus pais, não fazia nem ideia de que roupa eu iria. Vasculhei o guarda-roupa atrás de algo para vestir, experimentei umas duas opções, não gostava de nada.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora