SOPHIA GONÇALVESA segunda-feira pós final de semana de bebedeira era quase um sacrifício, não sei nem como conseguir levantar da cama e ir para a faculdade.
Pelo menos a aula era de Direito Penal ou eu teria dormido em cima dos caderno, Penal era a minha matéria preferida e o professor é super gente boa.
Quando a aula acabou eu comecei a guardar as minhas coisa, a Rafa estava ao meu lado me apressando.
— Anda logo, quero pegar carona com o Igor e a Ana. — resmungou e eu revirei os olhos.
— Vai na frente então, afobada!— fechei o zíper da bolsa e me levantei.
— Sophia!— Lucca me chamou.— Preparada para o tribunal?
— Ai puta merda — eu xinguei alto e ele riu.— Eu tinha esquecido que é hoje.
— Eu tô indo pra lá para assistir o julgamento. Você vai?
— Vou, claro. Não quero perder isso de jeito nenhum. — ajeitei a bolsa no ombro.
— Quer uma carona? — perguntou e eu mordi a bochecha.
— Quero, por que não?— ele sorriu e eu olhei para a Rafa.— Falo com você depois.
Ela concordou com cabeça e deu um tchauzinho para mim e o Lucca antes de sair da sala.
— Já assistiu alguma audiência no tribunal?— Lucca perguntou enquanto íamos em direção ao estacionamento.
— Não, e você? — ele balançou a cabeça.
— Algumas vezes!
Nós entramos no carro e o Lucca colocou uma música para tocar no rádio antes de começar a dirigir.
— Ai droga — eu falei depois de remexer a minha bolsa atrás do meu celular.
— Que foi?— Lucca parou o carro no semáforo.
— Não tô achando meu celular.— eu disse e com eu a procurar nos bolsos da calça.
— Tu olhou direito na bolsa?— ele me olhou.
— Claro que eu procurei. — falei começando a me desesperar.
— Olha no banco, no chão, sei lá — Lucca falou, eu fiz o que ele disse, já estava começando a me apavorar.
— Eu perdi meu celular!— choraminguei.
— Deve ter esquecido na faculdade.
— Tem como a gente voltar? Ou então eu desço aqui e volto sozinha.
Lucca me olhou parecendo meio impaciente, a luz do semáforo ficou verde e ele acelerou, ele pegou o retorno para a faculdade.
O caminho até a faculdade é feito como? Isso mesmo, com ele fumando e sem trocarmos uma palavra se quer.
— Você vai mesmo fumar maconha pra ir num tribunal?— eu perguntei.
— O que tem? — ele riu e deu um trago.— Ajuda a aguentar a falação, deixa tudo mais divertido. Quer?
— Não, obrigada!
— Tu tá precisando dar uma relaxada, gata!— piscou pra mim e ofereceu novamente o beck, mas eu recusei.
— Pode pelo menos abrir as janelas? Não quero ficar com a roupa impregnada de maconha.— Lucca riu e abriu as janelas do carro.
Eu estava preocupada demais com o meu celular, só conseguia pensar o que tinha acontecido com ele, se por acaso alguém tinha pegado.

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Ironias do Destino II
Fiksi RemajaTrês anos depois somos levados de volta para à vida de Sophia e Felipe, mais velhos e mais maduros. Eles tentam conciliar as responsabilidades que chegam com a idade e o relacionamento. •Segundo livro de Ironias do Destino