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SOPHIA GONÇALVES

Era sábado de manhã, nós havíamos combinado de fazer o trabalho da faculdade hoje. Me arrumei bem rápido, quando acabei desci para a cozinha, peguei uma xícara de café e me sentei a mesa junto com meus pais.

— Onde você vai?— meu pai perguntou.

— Vou fazer um trabalho da faculdade na cada de um amigo.

— Amigo, é?— minha mãe sorriu.

— Sim, mãe, amigo.

— É aquele do estágio?

— É, o Lucca. — eu terminei o café.— Pai, me empresta o carro?

— Pode pegar.

— Valeu, vou indo, ainda tenho que passar na casa da Rafaela para pegar ela. — eu me levantei.— Beijo!

— Tchau, amor!— minha mãe diz.

Quando parei o carro em frente a casa da Rafa, buzinei e a mesma saiu saltitando e fazendo graça.

— Oi amor da minha vida — beijou a minha bochecha. — Olha, sinceramente viu, quem foi o desalmado que inventou de fazer trabalho em pleno sábado?

— Era hoje ou dia nenhum!

— Que saco! Na verdade, quem foi o desgraçado que inventou de passar trabalho? Ai a gente já sofre demais naquela faculdade.— eu ri.

— E daqui a pouco tem semana de prova e aí que o negócio vai ficar tenso. — ela fez uma careta.

— Eu devia ter nascido rica, mas alguma coisa deu errado. — mexeu no rádio e colocou uma música pra tocar. — A gente bem que podia ir à praia amanhã, tá um calor do cão.

— Eu acho ótimo, tô precisando pregar um bronze.

— Precisa mesmo, tá branca igual um leite azedo.— me analisou.

— Pensei que a gente podia sair hoje, sei lá, só eu você e as meninas.

— Sophia Gonçalves chamando para festinha? Adorei.— nós rimos.— Vou falar com a Ana e as meninas.

Não demorou muito para chegarmos na casa do Lucca, estacionei em uma vaga na rua e descemos do carro.

— Eu achei que o Lucca fosse rico mais não tanto, olha essa casa. Meu sonho!

— Espera até ver o lado de dentro.

— E o quarto dele, você já conheceu?— deu um sorriso malicioso e eu lhe mostrei o dedo do meio.

— Você você é ridícula, Rafaela!— ela riu, eu toquei a campainha e minutos depois o Lucca aparece para abrir a porta.

— E aí, gatinhas — sorriu para nós.

— Bela casa, Lucca.— Rafa diz e entre, quando passei pelo portão o Lucca passou a mão no meu cabelo, ele fechou o portão.

— Vamos!

Nós o seguimos para dentro da casa, a sala parecia bem maior sem toda aquela gente no dia do noivado. Eu e a Rafa nós sentamos no sofá gigante e o Lucca foi buscar seu notebook e as anotações da aula.

Decidir por onde começar foi a parte mais difícil, mas depois que já tínhamos uma base, dividimos as etapas e cada um pesquisava uma parte. O trabalho ficou pronto, cerca de uma hora e meia depois, cada um separou sua parte da apresentação e deu uma ensaiada.

— Acabamos né?— Rafa falou e eu concordei.
— Finalmente!

— Minha barriga tá roncando.— Lucca disse se espreguiçando no sofá.— Eu pedi pra Rosa fazer um almoço pra gente.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora