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SOPHIA GONÇALVES

— Quem topa tomar um shot de tequila? — Gabi sugeriu e eu fui a primeira a topar.

— Bora, né?!— Ana ri.

— Tu vem?— pergunto para a Rafa.

— Eu lá sou de negar bebida?— deu risada e se levantou do colo do Vinícius, agora que estão juntos de novo os dois tavam pior que chiclete.

— Também quero!— Livia virou o resto de cerveja do seu copo e veio atrás de nós.

Os meninos estavam tão entretidos falando de futebol que nem perceberam a gente saindo. Fomos até o bar e a Gabi chamou a bartender e pediu uma rodada de tequila para gente.

Nós viramos a tequila e eu fiz careta quando chupei o limão. Aproveitei que já estava ali no bar e pedi uma caipirinha.

— Vamos dar um peão? — perguntei.

— Você tá bem saidinha né? — Rafa falou.

— Fazer o que né, agora sou a única solteira do rolê.

— E eu?— Gabi questionou.

— Minha filha, só tá faltando a aliança no seu dedo porque casada tu já tá.— eu falei e ela riu.

— Bem que eu queria uma aliança mesmo.

— Ah pronto, tá toda apaixonadinha.— Ana Clara brincou.

— Fui dar o golpe e apaixonei!— Gabi fez um careta e a gente riu.

Começou a tocar um funk e nós fomos para a pista de dança, eu comecei a rebolar segurando meu copo.

— Sentadona, sentadona, fala que é sem sentimento, mas quando eu sento apaixona — nos cantamos e começamos a rebolar.

— Caramba, olha que cara gato!— Rafa falou indicando com a cabeça um cara que estava um pouco trás de nós. Eu me virei para olhar, o cara realmente era lindo, mas não fazia muito o meu estilo.

— Mas você não sossega o facho, né Rafaela? Começou a namorar mais continua com fogo no rabo.— falei e ela riu.

— Ah meu amor, olhar não mata ninguém. E eu só estou avaliando pra saber que é gato mesmo para você. — passou o braço ao redor do meu pescoço.

— Conta outra!— eu ri. — O cara é gato e tudo, mas não faz meu estilo.

Ela revirou os olhos.

— Ih, tem um carinha bem melhor olhando pra você, hein — Ana falou e me cutucou, eu burra, olhei na hora, vi o Felipe a alguns metros de distância, mesmo de longe senti seus olhos bem fixos nos meus, eu retribui o olhar, querendo saber até onde ele iria, por fim quem desviou primeiro fui eu.

— Você não presta!— digo pra a Ana que dá uma risadinha.

— Deixa de ser boba, amiga!

— Vamos só dançar!— ela concordou e jogou o cabelo loiro para o lado antes de colocar a mão no joelho e começar a rebolar até o chão. Eu fiz o mesmo, mexendo o quadril e cantando.

Os meninos vieram para a pista de dança, o Pedro me ofereceu seu copo, era uma bebida azul e quando eu provei fiz careta.

— Tá forte!— falei e o Pedro riu.

— Assim que é bom!

Ele começou a rebolar na minha frente, eu ri e dancei também acompanhando seu ritmo. Eu percebia os olhares do Felipe em mim várias vezes e isso já estava me deixando inquieta e sem graça.

Ironias do Destino II Onde histórias criam vida. Descubra agora