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YOONGI'S POV

Poder tocar Taehyung de novo era praticamente o paraíso que eu tanto havia ansiado. Ele era perfeito de todas as formas e, mesmo que cabeça dura, seu pedido de desculpas tinha sido capaz de me amolecer por completo.
Ficamos de beijos e amassos por muito tempo após o primeiro, matando a saudade que estávamos guardando um do outro.
Após finalmente pararmos, vermelhos e meio ofegantes, ele logo foi pro banho. Ao voltar, ficamos deitados em minha cama, abraçados, jogando conversa fora.
Sua vontade de dar carinho havia quadruplicado e era impossível deixar seus braços sem que fosse novamente agarrado.

— Vamos manter isso em segredo? — Perguntei.

— Eu acho que não precisa exatamente. Mas você não acha que existem coisas mais importantes que isso no momento? Digo, primeiro temos que ver se vamos dar certo, ainda temos a minha mãe e todo o resto do caso. — Ele suspirou, claramente preocupado e atordoado. Sua capacidade de decisão estava seriamente comprometida porque coisas importantes estavam em consideração.

— Sabe, eu acho que sua mãe nunca iria interferir na sua vontade de tentar algo novo, mesmo longe dela.

— Claro que não. — Ele me beijou de novo, fazendo meu corpo esquentar. Eu queria ir além daquilo, sabia que não era lugar nem hora. — Mas ela vai precisar de cuidados... Tem meu padrasto e até mesmo meu pai, mas mesmo assim.

Notando sua frustração, decidi que era hora de encerrar aquele assunto e tentar distrair Taehyung de seus problemas. Subi em seu colo e senti suas mãos indo imediatamente para meu quadril, seu olhar era de malícia e eu não pude deixar de rir. Beijei seus lábios delicadamente, porém, ao seu toque apertar, soube que ele também desejava o mesmo que eu.

— Aqui não é o lugar. — Ri. — E recém voltamos a nos falar.

— Eu sei... só dá vontade. — Seu rosto ficou levemente vermelho.

Deitei meu rosto em seu ombro, deixando meu nariz próximo ao seu pescoço. O cheiro de Taehyung era gostoso e me fazia desejar não deixá-lo nunca mais.
Desse jeito, ficamos namorando a maior parte da noite, onde nos separamos somente para ir dormir.

Dia seguinte

Taehyug me acordou cedo com a proposta de ir com ele até o hospital para ver sua mãe, esta que já deveria ter acordado. No caminho era chato não poder segurar sua mão, porém, fomos conversando e rindo, o que me deixava extremamente feliz.
Além de ser um dia bonito e com uma visita agradável, Taehyung criaria coragem para contar sobre a entrevista.
Eu estava lá para dar apoio.
Quando chegamos e subimos até o quarto, conseguimos entrar sem demais complicações. A mãe de Tae estava acordada e tomava uma espécie de gelatina enquanto assistia TV. Sua aparência ainda era meio debilitada e a mulher alegava um pouco de dor, porém, ainda estava bem.

Durante toda a conversa que eles tiveram sobre como estavam, vi que Taehyujg parecia muito nervoso e inseguro, pois trocava as palavras ou esquecia-se do que estava falando do nada.
Assim que ele saiu para ir ao banheiro, aproximei-me da maca.

— Oi. — Sorri e recebi um sorriso doce em resposta.

— Oi, Yoongi! Como você está bonito...

— Obrigado... como a senhora se sente?

— Um pouco cansada, na verdade, mas bem.

— Quer que eu chame a enfermeira?

— Não, não, juro, cansei de dormir. — Ela riu e nós ficamos em silêncio por alguns minutos, até a mais velha retomar o assunto. — Então... pra você estar aqui eu suponho que esteja melhor com Taehyung? Isso significa que fizeram as pazes?

— É... bem, nós conversamos.

— Ele não fala pra mim, mas nunca me enganei, sei que tem algo a mais em relação a você. Eu vou ser sincera, não entendo isso, mas nada fica acima do meu filho e a felicidade dele.

Sorri, agradecido, criando coragem
para fazer o que estava pensando.

— Bem... o Taehyung.... ele queria discutir um assunto com você, mas acho que não vai conseguir. Veja bem, eu não falaria se não fosse importante porque sei o quão ruim estresse pode ser na recuperação... mas... ele precisa saber...

— Você pode falar comigo. Taehyung sempre foi medroso.

— Ele conseguiu uma entrevista aqui, na cidade. Eu não sei os detalhes... mas sei que ele cogita não ir. — O semblante da mãe de Tae mostrava preocupação. —Talvez se vocês conversassem... eu só não queria que ele desistisse de abordar o assunto.

A mão fria e branca da mãe de Taehyung tomou a minha de modo delicado, quase fraco, e em seu rosto havia um sorriso.
Antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, Taehyujg retornou.

— Yoongi, posso falar com o Tae a sós? — Sua mãe solicitou e, sem pestanejar, deixei a sala.

Eu temia que minha intromissão deixasse Taehyung bravo e isso nos fizesse brigar outra vez, mas me vi na obrigação de não deixá-lo colocar suas vontades de lado e permanecer calado.
Ansioso, me escondi no refeitório do hospital enquanto bebericava um refrigerante. As conversas altas não me distraiam, por isso, comecei a mexer em meu celular como se fosse uma pessoa muito ocupada.
Fingindo não perceber nada ao meu redor, falsamente me surpreendi quando a figura alta e morena apareceu logo na minha mesa. Que coincidência, não?
Apertei a lata da bebida morna em minha mão enquanto ele se sentava sem falar nada.

— Então você é mesmo intrometido. — Ele me olhou sério, de braços cruzados. Achei que aquilo estava trazendo uma discussão entre nós, mas fui pego por um sorriso feliz de Tae. — Tá tudo bem, eu conversei com ela. Não ia amarelar, só queria me preparar!

Suspirei aliviado do modo mais discreto que pude.

— E aí?

— Ela diz vê fundamento nas minhas preocupações sim, mas que sabe se cuidar e que irá ter ajuda. Mesmo assim, ainda me sinto desconfortável... mas foi bom falar com ela. Eu vou na entrevista e vou voltar com minha mãe para casa logo após.

Senti meu coração apertar no momento de sua fala, mas esperei que terminasse.

— Depois... se me chamarem, eu volto pra cá mais organizado e com dinheiro. Assim posso me manter.

— E eu? — Forcei-me a perguntar. Sua mão deslizou pela mesa e fez carinho na minha. Seu olhar era de puro carinho.

— Você pode me esperar por alguns dias? Eu agradeço muito seus pais e a boa vontade deles, mas não ficaria confortável na casa sem pagar nada. Eu só quero me organizar. Nem sabemos se vou ser aceito, mas é bom ter um plano, não?

Assenti.

— Não vou deixar você, se é isso que está pensando. Você tem que estudar e eu, com sorte, vou ter que trabalhar, mas no final as coisas se ajeitam...

Sorri, aliviado, sabendo que aquele era o momento em que tudo ficava bem.

— Ainda temos hoje e amanhã para não nos preocuparmos, meu amor. — Seu apelido carinhoso provocou um arrepio em minha pele.

— Tudo bem, eu espero você. Eu... amo muito você, Taehyung. Nas férias, considerei pedir para meus pais me deixaram lá, com você. — Ri.

— Eu amo você também. — Taehyung riu, levantou-se e me puxou para seu lado. Andamos pelo hospital, visitamos sua mãe novamente até que ela precisasse descansar, passeamos, voltamos para vê-la e verificar se precisava de algo.
Havia sido um dia divertido no geral, com todos bem e com as questões se encaminhando. Tudo parecia mais leve e, ao voltar para casa e mirar o rosto de Taehyung sendo iluminado pelo sol, eu soube que era com ele que queria ficar independentemente da situação.

E

Segundo capítulo então

Espero que estejam bem! Se cuidem.
Se liguem, hein 🤨
Brincadeira

Sábado que vem tem mais! Talvez o último, talvez não... quem sabe? Sou assim, misteriosa.

Beijossssss

Amor RuralOnde histórias criam vida. Descubra agora