Yoongi havia ido muito mal em seu ano letivo, e seu castigo seria passar suas férias na fazenda de seu tio.
Sem acesso à tecnologia, Yoongi vê somente um único passatempo pra poder suportar os dias quentes e pacatos: o capataz.
Aproximei-me de Kenta enquanto o olhava curiosamente, seu olhar encontrou o meu e vi seu corpo ficar rijo. Sorri e entrei na rodinha.
— E aí, rapazes. — Cumprimentei-os sorridente, recebendo olhares nervosos. — O que foi?
— Por que está aqui?
Um deles, o mais desconfiado, olhava-me com curiosidade.
— Eu queria falar com o Kenta. — Me virei para o homem ao meu lado, que estava surpreso. Não precisou mais nada ser dito para que os outros fossem se dissipando para outros lugares até que estivéssemos sozinhos. Ele mexia compulsivamente nos bolsos da calça.
— Então, quer refrigerante? — Kenta me ofereceu a única bebida que meu tio deixou livre para todos. Toquei na mão que segurava o copo e a afastei devagar.
— Não, eu não bebo refrigerante. — Sorri e mantive minha mão por cima da sua, estava me sentindo observado e isso me deixava nervoso. Suspirei e olhei para o homem, desejando que ele me cantasse ou algo do tipo. Aparentemente eu que deveria arrastá-lo se desejasse trocar uns beijos e me livrar daquela frustração. — Fiquei sabendo que estava interessado em mim.
Ele me olhou assustado e eu sorri.
— Ta afim de ir em um cantinho conversar mais de perto?
Passei discretamente minha mão por seu rosto barbeado.
— É c-claro...
— Então me siga.
Me afastei dele devagar, andando em sua frente para a saída da casa. Vez ou outra eu olhava para trás somente para me certificar de que ele me seguia, mas seus passos eram tão silenciosos que só notei sua presença quando estávamos colados na parede de trás da casa, quando ele me pegou de surpresa e me colocou contra os tijolos. Se eu não tivesse dado na cara de que queria algo com segundas intenções, certamente teria me irritado com o jeito que suas mãos estavam em minha cintura, mas naquele momento elas me amparavam. Conseguia ver seus olhos selvagens mesmo no escuro que nos absorvia, minhas mãos foram para seus cabelos macios e bem arrumados, mas onde estava a emoção de tudo aquilo? Talvez eu devesse beijá-lo... e foi o que fiz. Puxei Kenta e colei seus lábios nos meus sem nenhuma dificuldade, sentindo-o experiente em minha boca. Mas era apressado, forte, até um pouco bruto, não era ruim... eu teria gostado disso antigamente, uma pegada mais bruta, desejosa, carnal, mas ali? Ali não. Embora ele fosse empenhado em me agradar e até conseguisse chegar próximo disso, tudo que se passava por minha cabeça era o mísero selinho que eu tinha roubado de Taehyung e que havia me despertado mais sensações do que agora e com Kenta.
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