Yoongi havia ido muito mal em seu ano letivo, e seu castigo seria passar suas férias na fazenda de seu tio.
Sem acesso à tecnologia, Yoongi vê somente um único passatempo pra poder suportar os dias quentes e pacatos: o capataz.
No dia seguinte, ainda meio tonto por acordar de um pesadelo horrível, segui para o banheiro e tomei um belo banho gelado para me livrar do calor que sentia. Esses últimos dias estavam sendo horrivelmente quentes e me deixavam muito irritado, odiava suar e me sentir grudento.
— Yoongi? — Reconheci a voz de Dori atrás da porta do banheiro, desliguei o chuveiro e respondi.
— Sim?
— Taehyung está aqui, ele quer falar com você...
— Diga que ainda estou dormindo. — Resmunguei.
— Parece bem acordado pra mim. — Ouvi sua voz e olhei para o teto, perguntando aos deuses o que aquele cara queria dessa vez.
— Já vou, me deixe tomar banho em paz! E obrigado, Dori. — Respondi de modo mais manso a última parte e liguei o chuveiro com força, sentindo meu corpo quente mesmo abaixo da água gelada. Sai do banheiro vestindo somente um calção, iria perder a vergonha de ficar sem camisa porque era isso ou morrer cozido nos panos. Taehyung me esperava na cozinha e seus olhos me analisaram devagar até voltar a focar em meus olhos.
— Melhor não se envolver com o Kenta. — Ele foi direto, mantendo uma pose autoritária e eu ri.
— Ah é? E por que não posso?
Taehyung suspirou e passou a mão pelo rosto, eu o olhava intrigado e frustrado com toda aquela cena. Qual era o problema de eu me divertir? Ele deveria achar que tinha algum direito sobre mim, mas não, não tinha nenhum. Antes que Kim pudesse abrir a boca eu o interrompi.
— Quer saber? Não precisa falar nada, eu já entendi tudo. Você acha errado, não é? — Suspirei. — Olha, achar errado é uma opinião sua, embora levemente antiquada, mas eu não quero que se intrometa na minha vida. Eu não fico cuidando da sua.
— Você é tão idiota, Yoongi.
— Você é o dobro!
Taehyung me olhou e revirou os olhos antes de sair sem dizer mais nada, pelo visto eu estava certo. Que homem teimoso! Suspirei resignado e fui em busca de um protetor solar que havia trazido para passar em todo meu corpo. Passei pelas pernas, barriga, peito, costas com a ajuda de Dori e pelo rosto. Hoje estava com vontade de sair, mesmo naquele sol horrível, queria visitar alguém que certamente estaria trabalhando lá embaixo. Kenta deveria estar com sede, não? Talvez até com fome? Eu só sabia que eles começam a trabalhar cedo. Peguei uma garrafa de água gelada e uma maçã, esperando que ele aceitasse e de quebra me desse o que eu desejava.
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