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— Você sabe onde fica os pratos, Tae. Alcança pro mocinho pôr na mesa porque os copos ficam muito altos pra ele pegar.

O senhor Kim dizia enquanto mexia uma panela grande com algo que eu não conseguia identificar, mas que tinha um cheiro muito bom. Taehyung me alcançou os pratos dando risada e visivelmente comparando minha altura com a do armário alto onde ficavam os copos. Eu, orgulhoso e indignado, coloquei os pratos na mesa em três lugares diferentes e me apressei para passar na frente de Tae.
Olhando de perto era óbvio que eu não alcançava, mas não queria olhar para trás e ver a expressão divertida de Kim. Fiquei na pontinha dos meus pés e abri o armário, apoiei-me no balcão, inclinando o corpo pra frente e sentindo somente a ponta de meu dedo médio encostar em um copo.

Por que aquilo tinha que ser tão alto?

Perto de desistir, já que sentia meus pés desconfortáveis, senti a presença de alguém atrás de mim e soube na hora que era Taehyung. Escutei sua risada baixa próxima de meu ouvido e senti uma de suas mãos nas minhas costas.
Assustado com a proximidade dele, algo totalmente anormal, olhei para o fogão e não vi seu pai ali e nem próximo dali.

— Você não consegue pegar, não é?

A voz grossa dele, o hálito quente em minha pele, fatores externos me fizeram perder a força nos braços. Eu ia bater meu rosto com tudo na bancada, mas o braço de Taehyung foi mais rápido, mais forte e me segurou. Como ele estava atrás de mim, agora, estava curvado sobre mim, sustentando meu peso.
Fiquei alguns segundos sem notar o sanduíche que eu me encontrava, apertado entre Taehyung e a madeira. Não entendia o porquê de ele ter se aproximado daquele jeito, mas... por que eu não queria que ele me soltasse? Por que eu não conseguia odiar aquele cara? Meu coração apertava só de pensar nisso e eu temia estar terrivelmente apaixonado por ele.

— Cadê seu pai? — Perguntei baixo.

— Foi lá fora pegar tempero. — Taehyung me ajudou a voltar ao normal, mas seu braço voltou a envolver minha cintura e nossos corpos estavam muito próximos.
Eu encarava Taehyung e era encarado de volta, em uma troca de olhares confusa e cheia de significados que nenhum de nós entendia. Não via ele se aproximando, mas senti seu nariz encostar no meu, senti o aperto de seu braço aumentar e sei que ele sentiu a minha mão em sua bochecha. Naquele momento decisivo, quando senti meu coração acelerar, eu soube que estava irrevogavelmente apaixonado.

 Naquele momento decisivo, quando senti meu coração acelerar, eu soube que estava irrevogavelmente apaixonado

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Olá

Como estão? O que estão achando?

Vou viajar hoje então toma atualização

Abraços

Amor RuralOnde histórias criam vida. Descubra agora