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Em uma tentativa falha que proteger os olhos pelas imagens que já havia presenciado, meu tio cobriu os olhos com suas mãos e eu ri pelo desespero de Taehyung. Ele segurava os próprios cabelos a parecia muito assustado com o que acabara de acontecer.
Eu me sentei na cama, ajeitei minha roupa e reuni todas as minhas forças para parar de rir e obter uma expressão séria.

- O que foi, tio? - Tio Yoonsu tirou as mãos de seus olhos e observou nós dois, meio envergonhado, antes de soltar uma risada.

- Eu disse que você poderia fazer essas coisas de adolescente se não tirasse meus homens do trabalho. - Ele se voltou para Tae. - E você, rapaz, que mão boba era aquela com meu sobrinho?

Taehyung adquiriu um tom avermelhado nas bochechas e começou a gaguejar, sem dizer muita coisa que se pudesse aproveitar ou entender.

- Sentimos muito, tio. - O olhei com sincero arrependimento. - Taehyung pode dormir aqui? - Os dois me olharam com surpresa e Taehyung me fez uma careta feia.

- Não. - Meu tio sorriu e cruzou os braços. - Taehyung deixou tudo pela metade. É bom ir pra casa, descansar e chegar cedo pra fazer tudo. É o castigo de vocês.

Suspirei baixinho, não evitando de o provocar ao sussurrar "chato".

- Tudo bem, então vou levar ele na porta.

Meu tio concordou e sorriu.

- Sem agarramento!

Ouvimos sua voz alta e distante enquanto íamos para a porta da frente, mergulhados em um silêncio, eu sabia que Tae estava envergonhado e nervoso.
Assim que ele desceu o primeiro degrau, encostei-me na porta e segurei seu ombro, virando-o para mim.
Nossas alturas agora estavam equivalentes e eu passava minha mão por seu rosto, até tocar em um ponto específico em sua bochecha que o fez se afastar rápido.

- O que foi?

- Você me bateu aí. - Ele disse com uma expressão emburrada. - Dói.

Fiz um biquinho, comovido, e deixei um beijo delicado no local, passando uma trilha de beijos até seus lábios. As mãos dele foram direto para minha cintura e me envolveram em um abraço quente. Eu não queria que ele fosse logo hoje.

- Tem mesmo que ir?

- Como você é dengoso! - Ele riu e eu o abracei, deitando minha cabeça em seu ombro. - Amanhã eu volto.

- Mas vai estar atolado em trabalho!

- Você pode ir me ajudar...

- Eu?! - O olhei com admiração, descrente na proposta.

- É, coisas simples. - Seus dedos passaram por meu cabelo. - Mas vai se sujar. - Sorriu.

- Eu decido amanhã. - Resmunguei e mordi o lábio inferior ao que ele me largou, desceu o restante dos degraus da escada e foi embora depois de atirar um beijinho. Observei-o até que sua figura não pôde mais ser vista por meus olhos e suspirei assim que precisei entrar em casa de novo.

- Então - Ouvi a voz de meu tio e dei um pulo em puro susto. - Taehyung, hein?

Ele riu e eu me senti tímido.

- Ele é legal. Não vou mais tirar ele do serviço. - Resmunguei.

- Tudo bem, eu só não quero que virem aqueles casais mais grudentos que chiclete. - Meu tio advertiu. - Vocês são um casal?

- Estamos engatinhando pra isso. - Falei sem graça.

- Se ele trabalhar direitinho, sexta eu libero vocês dois pra ir se divertir em algum lugar. - Eu sorri em pura animação.

- Ele pode dormir aqui amanhã? - Fiz uma expressão pidona, com um biquinho choroso.

- Eu vou concordar porque não quero que ele venha escondido. - Meu tio me olhou. - E eu sei que o senhor armaria isso.

Sorri largo, dando um abraço rápido em meu tio ao que lhe agradecia mil vezes pela permissão. Corri para meu quarto, animado e alegre, com meus pensamentos cheios de possibilidades do que fazer com Tae. Desejava-o ali, comigo, e suspirei em saudade boba. Pelo menos eu dormiria com ele amanhã.

 Pelo menos eu dormiria com ele amanhã

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Olá

Como estão? O que estão achando?

Notei uma queda em visualizações, comentários e votos. Minha preocupação é saber o que posso estar fazendo de errado na história...

Enfim

Acho que ela não está próxima de acabar.

Abraços

Amor RuralOnde histórias criam vida. Descubra agora