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O capítulo a seguir se passa pela percepção de Taehyung, logo após o abraço dele e Yoongi.

Yoongi havia deixado aquele galpão tão rápido quanto um relâmpago, deixando-me sozinho, confuso e muito culpado. Eu havia criado uma bola de neve que estava ficando maior do que eu, sufocando a todos, inclusive ele.
A covardia não era nova em mim, mas agora, mais do que nunca, ela se tornava prejudicial, pois eu estava enterrando coisas que surgiam cada vez maiores... como meus sentimentos por ele.
Estava cansado de fingir e mentir, ser rude e depois voltar com o rabo entre as pernas. Sabia o que tinha que fazer, mas fui impedido pela chegada repentina de minha prima. Trazia uma cesta e raiva no rosto.

— Você não tinha contado pra ele que éramos primos? O garoto estava todo estranho, achei que teria um treco na minha frente. Confessou todo arrependido que quase tinha te beijado duas vezes! Eu tenho certeza de que ele estava triste, Taehyung, a culpa é toda sua. Quer passar por isso de novo? Perder alguém por puro medo de novo ou já esqueceu do Myu? — Ela não parava de falar, inundando meus ouvidos e mente de verdade que eu sabia. Ao ouvir o nome de Myu, olhei-a com irritação.

— Isso é passado e nós estamos bem! Ele está muito feliz e eu também.

— É, mas eu garanto que tudo teria sido diferente se você não tivesse deixado ele ir.

— Se eu não tivesse deixado ele ir, agora não haveria eu e Yoongi.

— Ah é? — Ela riu. — E onde está esse você e Yoongi? Acorda, Taehyung. Para de ser tão idiota e comece a ser sincero, não vai doer. — Minha prima suspirou e segurou minha mão, olhando-me com seriedade. — Eu sei que pode ser difícil lidar com isso, Tae, mas você já passou por isso com Myu e sabe como acaba se não fizer nada. As pessoas vão embora quando não sabem o quanto são importantes. Você teve sorte de superar e mais sorte ainda de conseguir gostar de outra pessoa... e agora ele ta enfiado naquela casa, provavelmente confuso e triste... Não seja cruel.

Concordei devagar, sem coragem de falar alguma coisa ou admitir que ela estava coberta de razão. Eu tinha uma chance de consertar tudo, não iria me dar o capricho de jogar pro alto.

— Minha mãe fez um bolo pra você. — Ela indicou a cesta, sorrindo fraco enquanto me dava um abraço rápido. — Eu acho que você tem algo pra fazer e deve fazer agora, então volto outro dia, tudo bem?

Balancei minha cabeça outra vez, sentindo meus pés grudados no chão de terra e feno.
Minha prima fez seu caminho de volta com tranquilidade, seu vestido amarelo balançando por conta do vento de modo gracioso.
Eu me sentia tão idiota, meu coração apertava, mas havia alguém que precisava de esclarecimentos... e das minhas desculpas.
Devagar e com hesitação, caminhei até a casa do tio de Yoongi reparando em todos os detalhes possíveis, vendo que não tinha mais saída quando encarei sua porta.
Depois de muito pensar, ergui a mão e bati.

Depois de muito pensar, ergui a mão e bati

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O 34 vem amanhã.

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