Yoongi havia ido muito mal em seu ano letivo, e seu castigo seria passar suas férias na fazenda de seu tio.
Sem acesso à tecnologia, Yoongi vê somente um único passatempo pra poder suportar os dias quentes e pacatos: o capataz.
Após sair do banho, bem ajeitadinho e cheiroso, Taehyung me recebeu na cozinha com uma xícara de leite com achocolatado e uma torrada. Eu o olhei dos pés à cabeça outra vez, vendo de novo como ele havia se arrumado e estava um amor.
— Sei que não gosta de café. — Ele me entregou as coisas com pressa, meio nervoso. Levei o prato e a xícara até a mesa, onde me sentei na cadeira e comecei a comer sem muita pressa. Taehyung estava sentado também, ao meu lado, e balançava a perna sem parar. Eu o observava com atenção, demorando cada vez mais em seus detalhes mínimos, como a pintinha no nariz e as unhas que ele certamente não cortava direito. Suspirei como uma adolescente idiota e apoiei minha cabeça em minha mão, comendo de um modo desanimado.
— Sério, por que não chama sua namorada?
Taehyung me olhou rapidamente e eu soube que sua paciência estava acabando.
— Porque eu quero que você vá.
— Mas por que?
— Porque sim, Yoongi, seu grande chato! Come isso de uma vez e vem logo, sua lesma.
O olhei abismado pela grosseria, pensando em simplesmente jogar meu café da manhã nele e voltar a dormir, mas pensei melhor. Taehyung estava fazendo esse esforço, tinha me ouvido e dado ouvidos à razão, tinha feito minha comida e até sido agradável no começo. Talvez eu pudesse ajudar ele. Assim que terminei de comer, deixei a louça na pia e sai com Taehyung, agradecendo aos deuses quando vi que iríamos no carro do meu tio e não em cavalos.
— Como você está?
Perguntei aleatoriamente, quebrando o silêncio que havia se instalado no carro. Estávamos indo por um caminho cheio de buracos e Taehyung resmungava sobre eles toda hora.
— Nervoso. E você?
— Com sono.
Ele riu e me olhou rapidamente, logo reclamando de novo pelo solavanco dado pelo carro ao passar por outro buraco fundo. Eu não sabia bem onde estávamos, mas desci quando o carro estacionou e segui o mais velho quando este passou pelo portão de madeira de uma casa modesta. Antes de bater ali, ele suspirou e me olhou.
— Não sabe bater? — Tentei descontrair, não obtendo sucesso. Ele estava aflito. Levei minha mão até seu ombro e fiz uma rápida carícia ali, tentando encoraja-lo. Taehyung sorriu sem mostrar os dentes e bateu na porta, sendo recebido por seu pai, este que o encarou com surpresa e emoção.
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