Capítulo 55 - Aline

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Corro em direção ao ponto de ônibus, desnorteada novamente. A minha cabeça estava latejando com tudo isso, sinto uma leve fraqueza e me sento no banco. Não estava calor, mas eu suava frio. Estava com medo do quê poderia acontecer, então ligo para o táxi, indo para casa, em seguida. Tinha duas chamadas perdidas do Ricardo.
Ele deve estar preocupado.

Guardo o celular, e encosto na janela para tentar aliviar a tontura. Eu não acredito que ele está de volta, sempre esteve perto e eu nunca percebi. E ele ainda é o mesmo manipulador de sempre, não mudou em absolutamente nada.
Mas engana-se ele se pensa que eu acredito nele ou que algum dia ele terá alguma outra chance com.

E quanto ao senhor Magalhães, para ele só resta o desprezo. No fundo, é outro idiota que não tem escrúpulos. Ele nunca vai evoluir. Então só me resta me afastar e seguir a minha vida. O táxi estaciona e eu encontro Ricardo, me esperando na portaria.
Nós entramos em casa e noto que a sua expressão não era nada boa.

_Aconteceu alguma coisa?

_Infelizmente sim. Eu fui demitido.

_Como assim?

_O chefe não especificou motivos plausíveis, apenas me demitiu.

_O Pedro é mesmo um cretino.

_Você conhece o meu ex-chefe?

_O mundo é pequeno, Ricardo. Se lembra do meu ex abusivo, Pedro?

_Não me diga que é ele. - Assinto - Eu não estou entendendo mais nada...

_Ontem o carrasco me pediu para ficar até depois do horário para servir um amigo, que iria comemorar a vitória nos tribunais, e quando eu entro, eu dou de cara com ele.

_Meu Deus! E ele te fez alguma coisa?

_Ele só foi o mesmo babaca de sempre, depois que se recuperou da surpresa ao me ver. Ele ainda é obcecado, ele me ligava todos os dias de números desconhecidos, me seguia e disse que eu serei dele novamente. Sinceramente, eu estou com medo. Eu o conheço, sei que ele é capaz de tudo.

_Você tem razão para temer. Vamos denunciá-lo e você evitará sair sozinha. E o Cristopher, como reagiu?

_Ele o expulsou de sua casa e eu fiquei desolada até pegar no sono e ele me levar para o quarto.

_Não tenha medo, eu não vou permitir que nada aconteça com você.

_Eu irei precisar de outro emprego, porque eu me demiti.

_Por quê?

_Eu não quero ficar perto dele. Quanto mais afastados estivermos mais fácil será esquecê-lo. As atitudes dele são muito arbitrárias as palavras.

_Você tem razão para se manter afastada. O mínimo que ele deveria fazer é se desculpar pelo que te fez.

_Sonhar é muito bom. - Começo a subir para o quarto 

_Onde você vai? Nós temos um lugar para ir à noite.

_Eu não estou com vontade de sair não, Ricardo.

_Por favor, eu não quero ir sozinho.

_Tudo bem, então vamos.

_Vamos. Temos muito o que fazer.

Ricardo dirige até uma loja de roupas e escolhe a sua roupa social e em seguida os sapatos. Experimento vários vestidos e nenhum era do nosso agrado. Compramos as sandálias e fomos à outra loja. Tudo era tão caro que a minha vontade era não levar nada. Eu entrava e saía do provador várias vezes, até que em um vestido o seu olhar se torna mais vibrante.
Era um vestido azul que caía nos ombros, justo na cintura e alcançava abaixo dos joelhos. Era muito bonito, mas muito caro. Tento convencê-lo a não comprar mas Ricardo também é bastante teimoso.

O outro lado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora