Cap 49

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— Onde você esteve todo esse tempo? Cadê a Nana? E a mamãe? Ela só me largou aqui e sumiu

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— Onde você esteve todo esse tempo? Cadê a Nana? E a mamãe? Ela só me largou aqui e sumiu. — O rapaz de cabelo preto liso, pele preta clara, corpo com alguns músculos em formação, e rosto de adolescente falou meio triste.   

— Arruma tuas coisas que vamos voltar para casa, no caminho eu te conto tudo. — O rosto do rapaz se iluminou e saiu completamente feliz deixando a garota completamente feliz por ver o irmão bem.  

— Vocês vão me enfiar em um grande problema. — A diretora falou preocupada. 

— Senhora, seu problema será se minha mãe ficar sabendo disso antes de que eu chegue no Brasil, porque suas fotos serão espalhadas por toda a Inglaterra. Prepare os papéis com transferência do meu irmão e deixe que o resto eu resolva. — A mulher encolheu os ombros ouvindo o inglês perfeito da morena que passava segurança em suas palavras mostrando que não estava blefando, saiu da sala indo preparar os documentos do rapaz deixando sogro e nora sozinhos.

— Amo ter você de volta nas missões, junto comigo, norinha. 

— Sinto saudades dos nossos tempos sogrinho.  — Respondeu apoiando a cabeça no ombro do mais velho. 

— O que você vai fazer com sua mãe? — Fez a pergunta que ela ainda não tinha uma resposta. 

— Não sei. Já pensei em matar,mas a desgraçada ainda é minha mãe, talvez trancar na caixa e esquecer que ela existe? — Perguntou tentando decidir o que fazer com a mulher que vinha infernizando sua vida desde que nasceu, mas o sogro a olhou fazendo uma careta e ela sabia que ele teria uma ideia melhor. 

— Eu mesmo mato ela. Você não vai precisar sujar suas mãos. 

— Sua proposta é tentadora e talvez eu aceite. 

— Mas?

— Não tem mas, é  isso, talvez eu use, vai depender, se eu perceber que ela vai continuar trazendo problemas eu mato, é minha mãe, mas também é traidora e não tem como deixar inimigo vivo, quando o seu inimigo sobrevive ele volta ainda pior e mais forte, eu vi isso com Lorenzo ele tomou uma parte de mim que provavelmente eu nunca vou recuperar. Cometi esse erro uma vez e não vai se repetir. — Mesmo que por fora a garota estivesse perfeita por dentro ainda tinha uma parte de si quebrada. 

— No fundo eu sei que você tem razão, como anda as coisas sobre o Chapin? — Perguntou já que saiu antes de saber quais seriam as decisões da garota. 

— O delegado estuprou uma menina e temos provas. — Toda vez que pensava na situação Yarin sentia uma dor no coração, era só uma menina e ele roubou uma parte dela, sem contar que ele deveria cuidar dela, e proteger os cidadãos. 

— E a menina, onde está? 

— Em segurança, eu jamais iria deixá-la no mesmo lugar que ele correndo o risco de morrer, quando eu resolver o problema da minha mãe vou recuperar o Chapim. E detalhe, com o apoio da população e, da mídia.

— A população, eu até acredito, mas a mídia? — Confiava no potencial da garota, mas não tinha certeza a respeito dessa sua ideia. 

— Você vai se surpreender com o que eu tenho em mente. Não confia em mim? 

— Claro que confio, você é minha melhor versão. — Falou se gabando por ter passado alguns meses moldando a parte Arlequina da garota. 

— Mais bonita, gostosa e inteligente, lembre-se que eu já te salvei várias vezes. 

— Isso é verdade, por falar nisso, eu preciso de um novo fornecedor de drogas, as armas eu tô de boa, mas drogas o folgado quis tirar onda com minha cara. 

— Eu tenho algo em mente, em breve te dou um novo fornecedor. — Antes que o homem respondesse Yudi abriu a porta entrando sorridente com suas coisas, enquanto uma carrancuda diretora o acompanhava.   

— Aqui está senhora, todos os documentos do seu irmão. — A garota pegou os papéis conferindo se tudo estava correto.  

— Obrigada, foi um prazer nos conhecermos, aqui está suas fotos, lembre-se que  ainda tenho cópias, quando chegar no Brasil e resolver tudo, vou apagar suas fotos e você vai voltar a ter sua privacidade não se preocupe. — Se a mulher não avisasse Marisa Arlequina iria simplesmente esquecer de sua existência, afinal pouco importava sua falta de caráter ao trair o marido. 

— Ninguém vai saber. E eu espero que você cumpra a promessa e apague. 

— Sou uma mulher da palavra, não se preocupe. Vamos maninho, partiu Brasil? — Olhou para o rapaz que sorriu empolgado mostrando suas covinhas na bochecha. 

— Estou ansioso, vamos. — Seguiram até o carro e o motorista já os aguardava e os levou até a pista clandestina onde o jatinho só aguardava que os três embarcasse entraram e colocaram o cinto aguardando finalmente a decolagem, a saudade estava enorme.  

— Antes de tudo me explica o que aconteceu com você, Yudi. — Pediu tentando entender tudo o que a mãe fez nos últimos anos. 

— Você sumiu e a mamãe me chamou para viajar, logo depois que o pai morreu, me colocou no colégio e nunca mais voltou, a Nana e você não me ligaram uma vez se quer, nesses seis anos. 

— Você não é mais criança e vou ser bem direta em tudo o que está acontecendo. — Contou tudo que estava acontecendo sem esconder nada.

— A mamãe fez tudo isso? Caraca ela é uma pessoa podre Nanim, o que você vai fazer agora? 

— Você está a salvo, então vou dar a chance dela ser fiel aos filhos, ou a ganância, vamos apenas observar a escolha, e já vou logo avisando que depende do que ela me disser será minha inimiga e não vou medir esforços para parar ela. 

— Já nem reconheço mais a mãe que tenho, ela me abandonou com dez anos em outro país e nunca mais voltou. O que você decidir eu aceito, agora me fala sobre você. 

— Eu casei e adotei uma criança. — Falou sorridente pensando em Coringa e Thiago. 

— Você e o Bruno se acertaram? 

— Não. Eu casei com o Coringa dono do Quimera, filho do Coronel, a Nana tá casada com o Bruno, mas tá pegando o zé.  

— O Zé tá com a sua irmã? Coringa já sabe? Tá ligada que tu tem que cobrar né? — Coronel falou se metendo na conversa pela primeira vez. 

— Ela e o Bruno são só fachada a um tempo, Zé perdoou e os dois estão juntos, Matheus já sabe e vamos manter em segredo por enquanto e depois BN avisa que separou ao comando. 

— Qualquer coisa me avisa que eu seguro o B.O com os outros. 

Seguiram conversando até que finalmente chegaram ao destino, Yudi estava igual pinto no lixo, todo contente olhando as coisa pelo vidro do carro, fazendo Yarin lembrar do dia em que saiu da prisão, o motorista passou pela barreira sem que ninguém o parasse, seguiram até a casa da morena que pediu para a prima fazer um churrasco e reunir todos da família inclusive sua mãe. 

O carro parou em frente a casa e o barulho de som alto já era evidente, desceram juntos e ao abrir a porta o segurança particular da garota estendeu uma arma modelo ponto quarenta, eram ordens de Coringa não queria que ela ficasse desarmada no morro, colocou no cós da calça e entrou. 

Passou pela sala e foi em direção ao quintal, encontrou todos no quintal passou o olho vendo a mãe, mas uma cena chamou sua atenção, Coringa sentado na mesa com Thiago no colo enquanto uma moça loira alisava seu braço rindo e se jogando na maior cara de pau, se o rapaz não tivesse uma boa explicação iria de base, caixão e vela preta. 

— YUDI O QUE CARALHOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? — O grito de Marisa fez todos no quintal olharem com atenção para a situação.  



A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora