Cap 52

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            5 ANOS ANTES

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            5 ANOS ANTES


— Por favor, para, Paulo, por favor, eu vou morrer nos seus braços, você vai me matar. — Essas foram as últimas palavras de Letícia antes de apagar embaixo do homem que ela amava e confiou, enquanto ele a estuprava e enforcava. 

Acordou com o corpo completamente dolorido, mal podia abrir os olhos de tão inchados que estavam,uma enfermeira entrou no quarto a olhando com pena enquanto o soro hidratava a moça.

— Você não foi atropelada né, querida? Foi espancada, o seu marido chegou aqui dizendo que te encontrou após um acidente, mas eu conheço os ferimentos e a mão dele machucada disse mais que as palavras. — Chorar foi inevitável, a garota achou que não iria sobreviver. 

— Onde ele está? — Perguntou sentindo medo. 

— Ele foi em casa pegar roupas, se quer fugir, essa é sua oportunidade querida, eu te ajudo. — Aceitar a proposta não foi difícil, era isso ou correr o risco de voltar e morrer.

A enfermeira deu todo o suporte, roupas emprestadas, dinheiro para o táxi, e abriu a porta dos fundos para facilitar sua saída, a garota decidiu procurar sua mãe, essa foi a parte mais complicada, demorou pelo menos cinco minutos decidindo se tocaria ou não a campainha, por fim acabou tocando. 

— O que você faz aqui? E que cara é essa Letícia? — A mãe perguntou de braços cruzados.

— Paulo me espancou, eu preciso de ajuda mãe. — Se jogou nos braços da mais velha em busca de abrigo e consolo, mas logo foi retirada. 

— E o que eu tenho com isso? Procure seu rumo, que eu não vou me meter em problemas por sua causa. Agora fora da minha casa. — E assim ela bateu a porta e virou as costas para a única filha, que ficou completamente desesperada e sem rumo, por sorte a garota lembrou de Coronel, o mais velho devia um favor a sua prima e por isso talvez a ajudasse.  

Pegou outro táxi que a levou direto até a barreira do Quimera alegando não poder subir, desceu do carro e andou em direção aos homens armados na contenção.

— Qual foi? Tá procurando o que tu? — O rapaz a parou, mas logo sua expressão de espanto se fez presente ao ver o rosto da garota cheio de hematomas.

— Estou procurando o Coronel, fala que a prima da Arlequina quer falar com ele. — O rapaz se gastou para falar no rádio e depois de um tempo um outro parou ao seu lado com uma moto.

— Chefe mandou te levar na boca, vamos lá. —  A garota subiu na moto e seguiu com ele até parar em frente ao beco que a levaria para a sala do chefe do lugar, andou com certo receio, mas cheia de esperança até parar em frente a porta bateu e entrou encontrando um rapaz jovem de cabelo verde ficou sem entender, lembrava de ter conhecido Coronel e sabia que o homem era um pouco mais velho. 

A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora