Após uma difícil temporada na prisão, Yarin anseia por um recomeço no morro do Quimera. Ela quer desesperadamente deixar seu passado para trás e seguir em frente sem ser julgada pelo que já fez. No entanto, essa é uma tarefa árdua quando se trata do...
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Todos mantiveram o silêncio olhando os dois que desceram a escada sem ao menos perceber que na sala estava toda a família reunida, quem olhava de fora até poderia pensar que o casal de amigos eram um par, o marido louco de saudades quase ferveu pelo ciúme sentido.
— Bruno. Acho que o álcool ainda não passou, estou tendo visão agora. — Disse a garota amparada pelo amigo que também era seu ex, mas que isso já tinha ficado em um passado tão distante que até parecia não ser nessa vida, agora explica ao marido que tinha acabado de voltar dos mortos e não entendeu nada o que estava acontecendo.
— Yale, eu nem bebi e estou vendo a mesma coisa. — O amigo olhava toda a cena, incrédulo. Enquanto tentava segurar a ex, que estava meio mole, pela surpresa.
— Alguém pode me explicar, o que está acontecendo aqui? Vocês dois dormiram juntos, é isso? — O marido recém-chegado perguntou, sentindo um imenso ódio, mesmo sem saber o que estava acontecendo, o ciúme o fez esquecer que aquela era a mulher da sua vida, que sofreu por três meses, pensando que ele estava morto.
— Meu Deus! É você mesmo. — A esposa firmou os pés e correu a sala se jogando nos braços do marido que mesmo morto de ciúmes a envolveu tirando do chão e dando beijos enquanto sentia seu cheiro, há... aquele cheiro que ele tanto quis sentir nos últimos meses.
— Mamãe. — A criança chamou tirando o casal da bolha em que estavam.
A morena chorosa, desceu dos braços do amado, e pegou o filho da mão de sua sogra, que olhava toda a cena de reencontro, emocionada. A família estava completa novamente.
— Como isso é possível? Onde você estava? Meu Deus! Isso é tão incrível. Amor. — Eram tantas perguntas e o marido só conseguia pensar na cena que viu minutos atrás, será que os dois tinham voltado? E se isso tivesse acontecido, o que seria deles dali para frente?
— Posso explicar. — O homem grisalho falou, já sabendo que a nora iria se transformar na própria encarnação do diabo, ao saber a verdade.
— Então conta, porque eu não estou entendendo nada.
— Quando o Coringa foi baleado, a médica disse que ele teria que ser transferido para um hospital especializado no caso dele, conversei com minha mulher, e decidimos levar nosso filho para fora do Brasil. Então, descobri que tinha sido armação de alguém da facção para matá-lo, por isso informei que ele estava morto, assim teria como saber quem foi. Mara, levou ele na UTI móvel, com o Russo, e vim avisar a vocês, sobre a morte dele. — A morena teve o estalo que o sogro tanto temia, e levantou do sofá entregando o filho a sua prima, que a olhou pedindo calma, mas como que fica calma com todas essas informações?
— Deixa eu ver se entendi. Vocês tomaram a decisão de levar o MEU marido embora, e não me consultaram, e ainda me fizeram enfrentar o inferno, pensando que ele estava morto, é isso que entendi? — A garota perguntou tomando espaço de todos, até chegar perto do amigo, que ainda estava parado no início da escada.
