Cap 88

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Dois meses se passaram, Luna e Yarin já estavam em casa, mas Lara e Lucca ainda restavam na incubadora, os dois precisaram de um pouco mais de tempo para poder ter alta. Yarin precisou se recuperar então Coringa se dividia entre dar atenção para a esposa e os filhos e cuidar do morro, era uma tarefa difícil, mas que ele estava fazendo de forma majestosa.

— Princesa, você já está pronta? — Matheus entrou no quarto onde Yarin se arrumava para buscar os dois filhos, estava ansiosa para ver os pequenos finalmente em casa.

No início passou por uma leve depressão o sentimento de culpa por muito tempo se fez presente em sua vida, sabia que as complicações aconteceram por conta do início conturbado em meio às drogas e álcool, mas com o apoio do marido e a grande família que tinham ela conseguiu se recuperar e estava bem.

(...)

Chegaram na casa com as crianças presas no banco de trás e a multidão já aguardava ansiosos, as crianças teriam tantos tios e tias que amor não faltaria, passaram uma longa jornada de admiração e aconchego até finalmente colocar os pequenos com a irmã mais velha, colocou os dois um de cada lado dela e a bebê segurou nas mãos dos pequenos dando gritinhos, os dois ficaram bobos admirando os três juntos.

— Olha papai os irmãozinhos. — Coringa subiu Thiago no colo apresentando os irmãos ao garotinho que os olhou com sorriso nos lábios, já era super apaixonado pela Luna e ficava horas admirando ela.

— Mãozinhos.

— Isso amor, faz carinho neles. — Sentou o pequeno na cama e a família estava toda reunida, dali pra frente seria sempre os seis contra o mundo.

Os meses se passaram e a rotina do casal aos poucos foi se estabelecendo, quando os bebês finalmente completaram seis meses, Yarin começou a adaptação com mais duas babás para ajudar a cuidar das quatro crianças, mesmo que sempre tivesse os avós e os tios por perto cada pessoa tinha sua rotina então quis ajuda profissional.

Os pequenos logo se acostumaram e ela passou a ter confiança em sair e deixar eles em casa, ao perceber que já estava com tudo sobre controle decidiu que estava na hora de pôr um ponto final no problema chamado Maysa.

Yarin desceu as escadas usando uma bermuda jeans com um cropped de alças preto, o cabelo preso em um coque, Coringa assistia a cena hipnotizado, o corpo dela já tinha voltado ao "normal" já que agora ela tinha adquirido curvas no pós gravidez, a bunda cresceu e os seios estavam maiores.

— Onde você vai? — Perguntou olhando ela pegar as chaves.

— As crianças estão com as babás, e eu lembrei que tenho convidados na sala de tortura me aguardando.

— Sobre isso. — Coringa coçou a cabeça incomodado. — Precisamos conversar. — Ela já o olhou em total alerta com medo do que ele falaria a seguir.

— O que você fez?

— Senta aqui, vem! — Sentou na mesinha de centro em frente ao sofá para poder olhar nos olhos dele.

— Fala logo o que você fez.

— Quando você estava internada, eu precisei voltar para o morro e resolver algumas coisas na boca. A Ana, esposa do Fabinho, o vapor que ficou com o Thiago e a Maysa em casa, me procurou.

— E o que ela queria? — Yarin perguntou já prevendo o que ele tinha feito.

— A filhinha deles tem autismo e ela estava entrando em crise pela falta do pai, eu permiti que ela passasse o dia com ele, e você precisava ver a alegria da pequena. Após dias de visitas eu decidi levar o Th, lá na salinha. — Yarin já o olhou irritado ao saber que o filho tinha ido lá.

A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora