Após uma difícil temporada na prisão, Yarin anseia por um recomeço no morro do Quimera. Ela quer desesperadamente deixar seu passado para trás e seguir em frente sem ser julgada pelo que já fez. No entanto, essa é uma tarefa árdua quando se trata do...
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Coringa decidiu que teria uma noite tranquila junto dos amigos, coisa rara de se acontecer, mas que deveria ser agarrado com unhas e dentes, montaram uma sala de cinema na sala com colchão, baldes de pipocas, pizza, chocolates, refrigerante e vinho porque Yarin só comia pizza com um bom vinho.
Os casais se dividiram nos colchões e Gus e Josy, que andaram se pegando às escondidas, acabaram ficando juntos, não queriam contar por medo de estragar a amizade, se caso não desse certo no futuro iriam fingir que isso nunca aconteceu, por isso não queriam contar.
Escolheram velozes e furiosos desde o primeiro filme para passar o tempo, o que significava que iria ser longa a noite.
Yarin, que estava deitada no peito de Coringa, pensava na vida enquanto assistia o filme e descansava pensando em como a vida tinha mudado e para melhor, parecia que o passado tinha sido superado e ela só queria viver o futuro, tinha até um certo medo dessa calmaria toda.
— Yá, já falei com meu pai sobre nosso casamento e ele e minha mãe estão voltando, já deixei tudo certo no cartório, vamos amanhã assinar os papéis. — O rapaz avisou e por um segundo a moça teve dúvidas se casamento era realmente o que queriam.
— Theus, e se não dermos certo? Estamos juntos a dois meses, casamento? E se estiver sendo precipitado? — Quis compartilhar as dúvidas que vinha tendo ao longo dos dias.
— É só um papel. — O rapaz quis justificar e deixar por menos, mas a garota sentiu um certo desconforto ao falar sobre o assunto.
— Existe algo mais? É sobre o BN? — Não é que não tivesse superado o ex, mas Yarin sabia que se envolver com Coringa poderia trazer problemas futuros para os dois.
— Ok. Pausa no filme, vamos de papo cabeça.. — Coringa passou o filme e acendeu a luz a fim de explicar logo de uma vez.
— Eu adoro um babado. — Josy foi o primeiro a sentar e ficar atento a tudo.
— Ok. A cada três meses temos uma reunião com todos os donos subs e gerentes que fazem parte da facção, por mais que tentamos manter a calma nem sempre é possível, tem sempre um ou outro que não se suporta, por isso tem richa. Um ano atrás em uma das reuniões o dono do morro dos macacos, pediu a acompanhante do dono do Bambaré e não teve muito o que fazer, ela não era fiel dele e o outro acabou levando a garota, era só uma emocionada em busca de fama com traficante, e ela e o Terror que é o dono do Bambaré não se importaram, mas já pensou se isso acontece? Eu ficaria louco. — Yarin sentiu uma enorme saudade ao ouvir o nome do amigo.
— Então, você só quer casar comigo por causa disso? — Yarin conhecia as leis e sabia o motivo do rapaz querer casar, mas queria que ele assumisse.
