Após uma difícil temporada na prisão, Yarin anseia por um recomeço no morro do Quimera. Ela quer desesperadamente deixar seu passado para trás e seguir em frente sem ser julgada pelo que já fez. No entanto, essa é uma tarefa árdua quando se trata do...
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Olhou o marido se vestindo e o aperto no peito se fez presente, não conseguia explicar, mas tinha certeza de que algo daria errado na missão, pior era ele estar irredutível e não mudar de ideia.
— Amor. Eu tô te falando esse plano de vocês tá muito ruim, você me pediu ajuda então deixa eu resolver. — Tentou mais uma vez apelar para o bom senso dele.
— Ó minha vida, relaxe vai dar tudo certo quando o dia amanhecer estarei aqui, inteiro. O Tubarão é da cúpula e eu preciso ajudar.
— Deixa eu ir no seu lugar? — Pediu decidida a se arriscar.
— Yarin, você odeia o Tubarão, qual a probabilidade de vocês dois discutirem no meio da invasão e perderem o foco? — De certo modo ele tinha razão, ela jamais aceitaria ordens dele.
— Estou com um aperto no peito muito grande.
— Ei. Princesa, olha para mim. — Olhou em seus olhos sentindo eles marejar e o aperto aumentar. — Nada vai acontecer, confia mulher. — Deixou um beijo em sua testa e limpou suas lágrimas que insistiam em cair.
— Por favor se cuide, posso mandar meus homens com você?
— Quero que você blinde esse morro, olha para mim. Eles podem tentar invadir aqui por saber que estamos tirando vapor, manda homens seus para cada aliado nosso, sem informar a ninguém, e blinde aqui também, eu já liguei para meu pai ele está chegando. Cuida do meu legado que de mim, eu cuido. — Abraçou ela que se aconchegou em seus braços inalando seu perfume em meio a toda preocupação.
— Vou fazer isso, mas promete que vai se cuidar?
— Prometo. Agora vamos descer que já está na hora e quero ver o Thiago antes de sair. — A garota secou as lágrimas e desceram as escadas de mãos, encontrou as mulheres e crianças de Terror, DK, Grego, BN e os subs deles.
— Que invasão é essa gente? — Perguntou ao chegar no degrau debaixo.
— Esse morro é o mais seguro no momento, eles podem aproveitar nossa saída e armar uma invasão. — Terror falou exatamente a mesma coisa que Matheus.
— Tudo bem. Vocês se cuidem lá por favor. — Yarin falou vendo o marido brincar com o filho que grudou nele e novamente o aperto no peito se fez presente, e a garota só conseguia pedir a Deus que os protegessem.
— O comando do morro e da facção é seu, se alguma coisa. — Matheus começou a falar e Yarin o interrompeu.
— Nada vai acontecer, não fala isso por favor.
— Me escuta, se alguma coisa acontecer, confio em você para cuidar de tudo. Te amo, você é o amor da minha vida, e não deixa que nada aconteça com o meu legado. — Passou a mão em uma lágrima solitária da garota que desceu. A Verdade é que Matheus também sentia um aperto só não queria demonstrar, depois que casou perdeu um pouco o respeito da cúpula por dar autoridade a Arlequina na facção e por querer provar que era o mesmo acabou aceitando as loucuras de Tubarão.
