Cap 69

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— Yarin. — Coringa falou parado em frente a esposa que segurou o soluço involuntário que escapou, não queria chorar, não no meio da boca, e não na frente dos meninos, esfregou os olhos e respirou fundo. 

— Estou bem. Precisamos resolver o que fazer. — Falou por fim tentando tirar a atenção de si, os olhares de pena a incomodavam um pouco. 

— Patroa, o corpo foi jogado na entrada do morro agora, o que eu faço? — Abelha entrou na sala toda apressado, com o rádio na mão. 

— Leva a caixa e o corpo pra salinha, manda o Yuri cuidar do enterro. — Ele pegou a caixa e saiu da sala dando espaço para uma Allana surtada sendo seguida pelas meninas. 

— O que você vai fazer? — Perguntou gritando batendo na mesa. 

— Enterrar? O que você quer que eu faça? 

— Mataram a nossa mãe, mandaram a cabeça dela de presente pra você, e tu tás nessa calma Yarin? Coloque fogo nesta cidade, mas vingue a morte da nossa mãe. — Falou soluçando batendo na mesa esperando uma resposta da irmã. 

— Mãe? Que mãe Allana? A que me jogou dentro de um presídio e me fez perder um filho? Ou a mãe que te jogou de uma escada e matou o teu filho? Ou seria a mãe que te fez ser humilhada por anos em um casamento por interesse? A mãe que jogou o teu irmão em um internato? Venhamos e convenhamos, mas ela deixou de ser nossa mãe faz tempo. 

— Eu não sei o que fazer. Ainda assim ela era nossa mãe Yá. — Começou a chorar e Arlequina se levantou e a abraçou tentando ser uma boa irmã, pelo menos estava tentando. 

— Eu sei que dói Nana, mas vai passar. Vamos fazer um enterro bonito e uma homenagem, vou pedir para investigarem sobre isso, agora por favor, vai pra casa e fica lá tá certo? Eu vou preparar tudo e não te quero envolvida nisso. Cuida do Yudi. — Passou as mãos no rosto da irmã secando as lágrimas e ela balançou a cabeça em concordância e saiu da sala, Arlequina sentou na cadeira de volta e Juninho entrou. 

— Tá ligada que declararam guerra pra tu né Arlequina? — Ele diz parado em frente a mesa. 

— Matando minha mãe? Se queriam declarar guerra, poderiam ter matado alguém importante né? Porque sinceramente, me fizeram um favor em não ter que destinar recursos para achar ela. Se quisessem mesmo uma guerra, te matando teria tido mais efeito. 

— Matando tu peste, eu heim. Uns papos doidos da desgraça. Vou cuidar do enterro lá, mas papo sério. Porque iriam matar a velha? Fora ela ser uma filha da puta que fode com a vida de todo mundo, será que tem um motivo específico, ou é relacionado a tu? Sei lá. Tô só pensando aqui, sabe. — Falou todo paranoico e a cabeça da garota só a levava para a imagem da cabeça da mãe com os olhos abertos e o rosto cheio de hematomas dentro de uma caixa, onde será que a velha havia se metido para terminar assim? Ou será que Juninho tinha razão e isso era sobre Arlequina? 

A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora