Cap 14

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Yarin acordou sentindo uma dor imensa na lombar e região inferior do abdômen, ao abrir os olhos, levou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, passou a mão na cama, e notou que estava só, por fim, decidiu levantar

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Yarin acordou sentindo uma dor imensa na lombar e região inferior do abdômen, ao abrir os olhos, levou alguns segundos para entender o que estava acontecendo, passou a mão na cama, e notou que estava só, por fim, decidiu levantar.

Acontece que após a prisão e possíveis complicações do aborto, ficou com dores intensas sempre que chegava o dia da menstruação, no presídio levou anos sofrendo até uma médica nova no lugar receitar um remédio de manipulação, que levou semanas de burocracia até ser liberado, e foi a única coisa que a ajudou no alívio das dores. 

O governo fala muito que sustenta presos, mas a realidade é que o lugar é o maior esquema de corrupção já existente, tudo o que o detento precisa a família tem que levar o famoso Jumbo, agora imagina no presídio feminino com índices altíssimos de abandono por parte da família, como que fica quando a menstruação chega geralmente nem absorvente se tem.

Auxílio-reclusão é uma das maiores mentiras já contadas, nem todo preso tem direito, existe uma burocracia imensa por trás e um dos requisitos é que no ato da prisão o detento esteja com a carteira assinada, mas a maioria dos extremistas desinformados enche a boca para falar do assunto.

Yarin teve sorte por ter o apoio de Letícia, que nunca a abandonou e sempre esteve presente nas visitas e bancou advogado por todos os anos que conseguiu pagar.

  Procurou na mala a necessaire com remédios e só então se deu conta que esqueceu de trazer, pegou a bolsa e resolveu procurar uma farmácia, quando a crise chegava em um grande extremo apenas remédio na véia resolvia, desceu as escadas com certa dificuldade encontrando um enorme silêncio só achou alguém na cozinha, Letícia e Camila, estavam entretidas cozinhando.

— Bom dia, onde eu encontro uma farmácia? — Foi direto ao ponto, sem rodeios por saber que tinha pouco tempo até não conseguir formular frases.

— Você tá com uma cara péssima, o que foi? — Letícia a olhou preocupada e largou a panela do fogo, indo até próximo à prima. 

— Menstruação desceu, preciso de remédio, esqueci de trazer. — Tentou resumir, a de cabelos cacheados, ficou ainda mais preocupada por acompanhar de perto por muito tempo a situação, e lembrar que o advogado levou muito dinheiro, até finalmente conseguir a liberação do uso do remédio pela ex detenta. 

— Os meninos foram ao mercado, mas o carro do Breno tá aí, se você quiser ir fica perto daquele barzinho que a gente foi ontem, será que tu acerta? — Camila responde mexendo uma panela com arroz.

— Qualquer coisa eu pergunto, vou só pegar minha carteira, preciso ir logo senão vou acabar precisando de um hospital. — Por conhecer tão bem o próprio corpo, Yarin sabia que estava se aproximando do limite.

— Fica aí que eu pego tua bolsa. — Letícia subiu as escadas sem esperar resposta, uma pontada forte no baixo ventre fez Yarin fazer careta, o que deixou Camila preocupada.

A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora