Cap 2

2.4K 261 403
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




O sol entrou pela janela esquentando seu rosto, fazendo com que ela se mexesse cheia de preguiça, abriu o olho e o relógio na mesinha ao lado marcava onze horas, pensou consigo mesma, fazia muitos anos que não dormia tanto nesse tempo no presídio.
 
  Levantou e pegou uma roupa, a toalha e seguiu para o banheiro, após uma banho relaxante pegou seu alvará, o cartão que o pai deixou, o dinheiro e a identidade, colocou no bolso e desceu até a cozinha onde encontrou Letícia mexendo na geladeira.

— Bom dia. — Falou calmamente para não assustar a prima.

— Oi. Bom dia, passou a noite bem? — Perguntou fechando a porta da geladeira com uma garrafa de iogurte em mãos.

— Sim, foi tranquila. — Omitiu a parte em que teve pesadelos, de certa forma não queria preocupar a prima, e depois de tanto tempo era impossível que ao deitar e fechar os olhos as lembranças não invadisse sua memória. Talvez com o tempo tudo isso apenas apague.

— Fico feliz.

— Vamos ao banco?— Perguntou já preocupada com o horário.

— Você não vai comer? — Letícia fechou a garrafa preocupada com a saúde da morena.

— Estou sem fome. — Fez pouco caso, mas a realidade é que tinha passado tanto tempo entrando e saindo da solitária que o organismo se adaptou a uma refeição por dia, seria uma longa jornada de reaprender todos os novos costumes.

— Então vamos, temos que descer até a barreira, porque aqui não sobe táxi ou Uber. — Letícia já estava pronta só pegou sua bolsinha.

— E o que seria um Uber? — Perguntou enquanto saíam de casa.

— Desculpa. Esqueci que faz tempo que você tá sem andar pelo mundo. É tipo um táxi, só que chamamos por um aplicativo, no celular.

— Entendi.  — Desceram juntas de moto táxi até a barreira, Letícia pediu o Uber e ficaram aguardando, até que finalmente um motorista aceitou a corrida e logo chegou para buscá-las em um carro HB20, branco. Seguiram em  total silêncio passando novamente na praia, o que deu uma saudade ainda maior em Yarin.

   A cacheada pagou o Uber e desceram entrando no banco, que claramente era exclusivo para ricos. As caras de nojo eram evidentes, pegaram a senha e sentaram em sofás daqueles que te abraçam, bem fofos e confortáveis, as mulheres olhando para Yarin e suas tatuagens desbotadas era a cena cômica do banco. Letícia revirou os olhos tantas vezes que perdeu até as contas. Depois de mais de trinta minutos esperando finalmente foram chamadas, seguiram a secretária até a sala do gerente.

   Entraram em uma sala pequena onde a secretária as deixou com o responsável e saiu fechando a porta, na mesa um homem com seus quarenta e poucos anos, cabelo meio grisalho, vestido formalmente, Yarin o olhou por alguns segundos com a certeza de o conhecer de algum lugar, só não lembrava de onde.

A Primeira Dama do CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora