As coisas tinham ficado bastante intensas naquela noite no chalé Malfoy. Harry não podia participar da investigação, visto que sua família estava envolvida, sendo preciso chamar parte do departamento de aurores para analisarem o caso. Quando eles chegaram, não foram nada agradáveis – apesar de tanto Draco quanto Harry os lembrarem constantemente do inciso 9327, onde criaturas mágicas estavam isentas de punições quando agem em prol da defesa pessoal perante um bruxo.
Por mais que soubessem do histórico de perseguição da Sra. Weasley-Malfoy, ver o homem destroçado no jardim deles havia sido demais. Seu marido podia ser uma criatura mágica, mas também era um bruxo. A humanidade dele tinha se esvaído ao ponto de permitir que ele fizesse um estrago daquele? Ele era seguro para a sociedade?
A polícia deveria ajudar, mas atacavam o casal mais do que se empenhavam em retirar o corpo de uma vez do Chalé para darem um fim logo naquilo. Foi apenas com exigências do chefe de departamento que as memórias de Rose e Scorpius foram coletadas para darem um basta naquele sofrimento.
Quando analisadas no Departamento, foi constatado que a última lembrança de Scorpius era dele se empoleirar na árvore e ver o seu alvo, seguido dele montado em seu corpo destruído – com as memórias de Rose completando o quebra cabeça: ao ouvir os gritos, a cadela do casal se desvencilhou do aperto de Rose, correndo e passando pela entrada de cachorro da porta dos fundos. Com medo, Rose a seguiu, abrindo a porta no exato momento que o homem era assassinado à sua frente.
Scorpius sequer tinha sido indiciado, mas o evento marcou a vida do casal de maneiras abruptas. Rose de fato passou a noite no hospital – tendo começado imediatamente a terapia com uma psicóloga que não era nem de longe especializada em criaturas mágicas, mas as coisas não iam nada bem.
Scorpius sabia que alguma coisa tinha se quebrado naquela noite além do seu vaso de porcelana, e passar uma temporada na Mansão talvez não fosse o mais indicado no momento. Relutantes, Draco e Hermione aceitaram a decisão do filho que insistiu que ficariam bem no Chalé.
Mas duas semanas haviam se passado e a imagem de calmaria que eles passavam era apenas para Inglês ver.
-Não se preocupe, eu vou dormir na sala. – Scorpius anunciou para a esposa, exausto de tanto vê-la se encolher na cama com a sua presença.
-Me desculpe... – Rose suspirou, encolhida nos lençóis.
-Você só precisa de tempo, eu sei. – Scorpius deu um meio sorriso, pegando o seu travesseiro e cobertor, indo para a sala. – Condessa, hoje somos apenas eu e você.
A cadela se animou, empoleirando-se ao lado do sofá e balançando o rabo com força ao sentir o cafuné em sua cabeça.
Se ele precisava dormir por semanas no sofá apenas para que sua garota conseguisse que ele se aproximasse de novo, ele faria com maior gosto. Mas ao mesmo tempo não era culpa de Rosalie estar em tanto pânico. Ela sabia que o então namorado tinha quase arrancado as cordas vocais do ex namorado e tinha visto a fotografia de Lord Voldemort sendo morto pelo sogro, mas ela nunca imaginou que aquilo pudesse acontecer de verdade com Scorpius – ele ser tomado pelo ponto mais cruel e animalesco da criatura e transformar-se em um veela com sede de sangue e não de carinho. Ela amava o jeito meigo, tímido, envergonhado e inteligente do marido, mas vê-lo assassinar a sangue frio o seu stalker bem a sua frente tinha mexido demais com a sua mente.
Ela tinha a consciência que o único ato de violência que ele faria com ela seriam marcas de tapas em sua bunda quando ela pedisse – o que ele mesmo já havia prometido antes, mas observar o seu ataque.... Aquele não era o seu marido, o seu Scorpius e muito menos o seu pombinho carente.
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Veela, Scorpius?
FanfictionContinuação de Veela, Draco? Scorpius Malfoy completou dezessete anos de idade quatro dias atrás, descobrindo que o gene de Draco passara para ele, o transformando em um veela. Sua companheira? Rosalie Weasley. Mas só tinha um pequeno probleminha:...